Com o tempo a gente aprende que de nada valem as palavras e as intenções, se os corpos estão afastados. Não adie para não correr o risco de esquecer como é bom estar junto.
Numa relação, a gente aprende que ninguém nos ensina a amar. Os exemplos ao nosso redor são simplesmente sombras que normalmente não se pode usar na nossa vida tal e qual.
A gente aprende com o tempo que, quando a gente decide embarcar numa relação, não tem receita, mas antes de dizer eu te amo, primeiro é melhor ter a certeza de que é essa a pessoa capaz de dividir conosco os problemas.
A gente aprende que orgulho fica da porta pra fora, que não se esconde as coisas e o silêncio não é a melhor opção em um diálogo.
A gente aprende que mesmo junto é importante ficar sozinho, às vezes. Dar um tempo de 10 minutos para não pensar em nada, organizar as coisas e evitar as cobranças.
A gente aprende que antes de cobrar, precisamos agradecer. Que antes de falar, o maior exercício é ouvir. É observar que nem tudo é para se levar a reações extremas.
A gente aprende a não supor, mas perguntar. Mesmo quando achamos que sabemos a resposta, porque as opiniões e as escolhas mudam. Não devemos cair no lugar comum do “eu achei que”.
A gente aprende que numa boa briga a gente joga limpo, se quiser mesmo resolver as coisas, e não usa a sujeira que está debaixo do tapete para vencê-la.
Ameaçar e fazer chantagem é covardia. Isso mata a relação. E não resolve coisa alguma.
Ter razão, no fundo, não vale nada, se afastamos o outro do nosso coração e do nosso abraço.
A gente aprende com o tempo a acolher e que preguiça só se tem mesmo é de sair da cama no domingo de manhã. O amor não sobrevive à preguiça de agradecer, antes de acusar e cobrar. Não sobrevive à indiferença de beijos e declarações de “eu te amo” apenas por ter se tornado rotina.
A gente aprende que família e amigos são ótimos consultores, desde que não determinem as nossas ações, nossas opiniões e muito menos as nossas decisões.
A gente aprende, depois de muita lágrima, que levar uma relação com bom humor é diminuir aqueles momentos em que o ar fica pesado.
Respirar fundo e olhar o outro como da primeira vez é trazer de volta a frescura dos primeiros dias para iluminar a sala, e nos lembra porque estamos nessa viagem a dois. Nada está decidido para sempre, é tudo construção e uma série de escolhas.
A gente aprende que não há momento certo, dia certo ou noite ideal para estar com ele ou com ela. Namorar não pode esperar que as coisas melhorem ou que o vento mude.
De nada valem as palavras e as intenções, se os corpos estão afastados. Não adie para não correr o risco de esquecer como é bom estar junto.
A gente aprende que fidelidade e lealdade não são opcionais. É aquela exclusividade que damos a quem amamos e respeitamos, o que nos torna invencíveis nas batalhas da vida. Dói quebrar esse laço que nos fortalece. Dói saber que estamos na mão do outro e que temos o outro em nossas mãos. Dói ser responsável porque nos faz crescer.
A gente aprende com o tempo que o amor nos faz mais fortes, porque juntos já não somos apenas um, mas mais que um ou dois. Somos mais.
Somos escudo e fortaleza, ao mesmo tempo que somos protegidos e fortalecidos.
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