Quantas vezes, na correria dos nossos dias, ou em meio a situações, ouvimos de um amigo ou colega, em determinado momento: “Não me leve a mal, estou apenas fazendo uma ‘crítica construtiva’.”
A palavra crítica, em sua origem grega ckritike, tem por significado “apreciação minuciosa”. Na vida, só apreciamos minuciosamente algo de que gostamos muito ou que desprezamos muito.
Logo, percebemos os pontos positivos e negativos sobre aquele assunto e/ou pessoa, a partir deste estudo detalhado.
Assim construímos a nossa visão, tomando por base nossa cultura e valores e, a partir dessa constituição, nascem as críticas construtivas.
A crítica construtiva tem por finalidade maior incentivar alguém em suas funções, levando a uma melhoria como ser humano, reforçando e ressaltando suas aptidões, para que a mesma não venha a estagnar em uma vida de rotina e comodismo.
Desta maneira, podemos alcançar um crescimento humano em nosso intelecto, em nossos relacionamentos intrapessoais e interpessoais.
Contudo, não confundam críticas construtivas com a exposição maliciosa de falhas, erros, dificuldades, sem virem juntos o amor e a generosidade. Tratando-se de um ser humano, regido por sentimentos e emoções, devemos levar em consideração que tais apontamentos, sem a apresentação de possíveis soluções, tornam-se altamente destrutivos, trazendo transtornos ao indivíduo.
Vivemos um tempo de muitas informações à nossa disposição, sobre os mais diversos assuntos e prismas, e a falta de questionamento sobre essas informações faz de nós apenas repetidores de informações, e não detentores de conhecimento.
Uma prova disso é a de que muitas frustrações pessoais seriam apaziguadas se houvesse autoconhecimento, um bom relacionamento intrapessoal para que tenhamos um bom relacionamento interpessoal, consequentemente capacitando-nos na exposição de críticas construtivas, saudáveis, em paralelo com soluções práticas.
Quando começamos a desenvolver algo em nossas vidas, em primeiro plano, colhemos consequências positivas na vida dos que nos cercam.
Por isso, devemos questionar e criticar, começando por nós, para que compreendamos as reais intenções e para que possamos, também, desenvolver soluções práticas e eficientes.
Porque, afinal, se a crítica é construtiva, então é para fazer crescer, acender algo que se apagou, e para participarmos de um projeto ainda maior, neste breve espaço de tempo chamado vida.
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