Dê-se um tempo com você para com você mesmo!
Vivemos sempre cheios. Cheios de afazeres, cheios de compromissos, cheios de pensamentos negativos, cheios de mágoas, cheios de rancor, cheios de brigas, cheios de trabalho, cheios de estudo, cheios de pré-ocupações, cheios de ansiedade, cheios de medo, cheios de pensar, pensar e pensar.
Até de lazer ficamos cheios, porque temos que ler tantos livros por ano, porque temos que ir a tantas festas para fazer networking, porque temos que ir a tantos eventos do trabalho para sermos bem vistos e quistos, porque temos que ter cultura para termos boa influência, inteligência e eloquência na sociedade. O que era para ser divertimento com fluidez, graça e leveza torna-se obrigação. Ora, ficamos cheios, né?
Só por hoje, somente hoje, só por hoje. Não por fuga, mas por autoamor, dê-se um tempo!
Dê-se um tempo das pré-ocupações, dê-se um tempo dos seus medos, dê-se um tempo de agir, dê-se um tempo das mágoas, dê-se um tempo dos conflitos internos, dê-se um tempo das suas crises existenciais, dê-se um tempo de trabalho, dê-se um tempo dos seus padrões, dê-se um tempo dos compromissos de lazer por obrigação, dê-se um tempo de pensar, pensar e pensar.
Dê-se um tempo com você para com você mesmo! Sim, é redundante, mas dê-se um tempo! Quando você der um tempo com você mesmo, você não ficará cheio, você estará vazio, será toque de recolher, um verdadeiro retiro, mesmo na sua casa. Faça uma pausa nas suas atividades, esse período estéril e de vazio não é um ato de fraqueza, mas sim um ato de força. É no retiro que você consegue preparar, no presente, uma base com solidez para o futuro.
Lembre-se: verdadeiros milagres e sorte acontecem, se você contemplar o vazio. Dê-se um tempo!
Direitos autorais da imagem de capa: Kinga Cichewicz/Unsplash.