Certa vez minha mãe me disse que eu só entenderia algumas coisas quando eu estivesse fora de determinadas situações e sentimentos.
No princípio, o conselho não teve tanta importância, achei besteira. Mas, com o passar do tempo, aquela frase dita há tempos atrás passou a fazer sentido, comecei a entender.
O que ela estava tentando me dizer é que quando estamos muito focados em algo, não conseguimos enxergar o que acontece ao nosso redor. É como colocar um antolho, onde seremos forçados a olhar somente para frente, fazendo com que o foco seja apenas um.
Quando me dei conta desse grandioso conselho, deixei cair os meus antolhos e passei a contemplar a paisagem por completo.
Meu amigo, descobri que quando decidimos contemplar outras paisagens e horizontes, quando tiramos as vendas dos olhos é que percebemos o quão nos enganamos com pessoas e situações.
Não pense que o culpado sempre será o outro, não é isso. Os maiores culpados somos nós que nos deixamos levar. A sorte é que nada nessa vida é em vão, tudo é aprendizado.
Às vezes, ficamos batendo em apenas uma porta, sem perceber que à nossa volta ainda temos dez fechaduras para girar.
O tesouro nem sempre está na porta número um. Mas se você não tentar abrir as demais portas jamais descobrirá onde ele se esconde.
É preciso parar de bater em uma única tecla, quando ainda temos diversas possibilidades.
Tirando as vendas dos olhos, aprendemos que nem todas as pessoas têm o coração igual ao nosso, a índole igual a nossa. Aprendemos que é preciso bater em mil portas, se preciso for, até que a maçaneta gire.
Permitam-se retirar as vendas. O horizonte tem um espetáculo de beleza e possibilidades.
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