“Conhece-te a ti mesmo!” Tenho certeza que todos em algum momento já se depararam com esta frase, podemos até tratá-la como clichê, mas será que podemos dizer o mesmo sobre o entendimento desta afirmativa?
Sócrates foi um grande defensor do autoconhecimento e durante a sua vida dedicou muito tempo para tentar entender a sua própria natureza. Afirmou que nenhum indivíduo era capaz de praticar o mal conscientemente e propositadamente, mas que o mal era um resultado da ignorância e falta de autoconhecimento.
Eu, particularmente concordo em gênero número e grau com Sócrates, inclusive, vivenciei isso em minha vida, até que eu não entendi quem sou, o que eu realmente quero e o que me faz “vibrar”, minha vida simplesmente não fez sentido, eu era mais um vivendo no piloto automático, a partir do momento que eu mudei a maneira de pensar sobre mim mesmo, que eu me conheci e que acima de tudo eu me aceitei, tudo começou a fluir diferente, e a vida começou a fazer mais sentido!
Parto do pressuposto que ninguém desenvolve nada bem feito se não estiver DE BEM CONSIGO MESMO, acredito que isso seja uma preciosa verdade e que norteia o rumo que daremos aos nossos passos.
Estar de bem consigo mesmo está intimamente ligado em aceitar-se como se é. O que chamamos de “nossas falhas”, muitas vezes, para os outros é apenas um “diferencial” ou um ponto positivo que nos torna ÚNICOS.
- De que maneira poderemos amar alguém, se não nos amarmos?
- Como poderemos aceitar alguém se primeiramente não nos aceitamos?
- Existe alguma maneira de perdoar, sem antes nos perdoar?
- Como eu vou ensinar o caminho se eu mesmo nunca passei por ele?
Pessoas nos impõem padrões de vida, de sonhos e buscamos incansavelmente realizá-los, para satisfazer o desejo de quem nos impôs, e, simplesmente, não investimos tempo em descobrir dentro de nós quais são os nossos próprios desejos, vivemos uma vida que não é nossa, e lá por “umas alturas do campeonato” nos deparamos com uma infelicidade que não nos deu aviso prévio, ela simplesmente chegou, então recorremos à psicólogos, psiquiatras em busca de uma solução, e a resposta é simples: resultado de uma vida “não vivida”, de desejos impostos por outrem e aceitos por nós, o pior é que: não podemos voltar atrás e fazer tudo diferente, nós temos que apenas aceitar e seguir em frente, afinal o que vivemos hoje é reflexo do passado.
Lembre-se: você é responsável pela construção do seu futuro. Construa-o baseado nos seus padrões e desejos. Não deixe ninguém impor a você algo que não é seu. Diga não, faça uma introspecção e conheça a si mesmo, depois disso aceite-se e viva!
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