Meu desejo é que, assim como eu, você SINTA!
Relato pessoal sobre a minha visão da vida: felicidade é simples, difícil é ser tão simples.
Graças a uma escolha feita há alguns meses atrás, eu tive nada menos que a confirmação desse clichê. No começo do ano vivia a vida de donzela (pelo menos era o que eu achava) trabalhava no ramo financeiro, onde tudo o que importava era, obviamente, dinheiro. Trabalhava ainda apenas para sustentar minhas saídas, que não eram poucas, todo final de semana era uma festa diferente. Às vezes, no meio da semana também. Festas essas, cheias de energia superficial, onde o que importava para a maioria era quem tinha mais disso ou daquilo, quem podia comprar mais, quem aparentava mais beleza dentro do padrão imposto.
Veja bem, não é uma reclamação, tive muita diversão, sim, o problema é que sempre após o “bum” momentâneo, vinha o baque de uma vida vazia.
Vivia como dependente da minha mãe, quem pagava as contas, quem comprava comida e até mesmo me dava mais dinheiro quando precisava. A vida estava fácil, estava linda, estava bela e mesmo assim a felicidade não estava completa.
Resolvi então me jogar do outro lado do mundo para ver se, por acaso, alguma coisa mudava. Eu me mudei para o outro lado do mundo, para um país pensando, “a geral tá indo, dá pra trabalhar, aprender a língua falando todo dia, deve ser fácil, balela, moleza.”
Não foi, não é. Primeiros meses e nada mudou continuava com a sensação de faltar algo, um lugar totalmente novo e eu entediada, não fazia sentido. Cada desafio que aparecia na frente era um drama, um choro diferente, uma vontade imensa de voltar para casa. Foi então que, num desses dias, olhei no espelho e acordei para a vida.
Se foi Deus, universo, Buda, sorte, sei lá, mas sei que tudo começou a fazer sentido.
Abri a mente (eu que sempre achei que minha mente já estava aberta o suficiente) comecei a aproveitar cada minuto do meu dia, cada respiro, cada conversa, cada lição, passei a prestar atenção.
Há alguns meses dependo apenas de mim para sobreviver, faço trabalhos que jamais imaginei fazer na vida, todos dignos, mas nunca valorizados. Moro sozinha, independência pura, e perrengue também, pago meu próprio aluguel, minha própria comida, minhas saídas e tento juntar algum para os desejos futuros.
Tenho que organizar, tudo para ter tempo de fazer tudo e ainda relaxar, não paro um minuto. Mesmo assim posso afirmar: nunca estive tão saudável!
Então, é isso, escrevi esse textão, expondo minha vida para você que, assim como eu, foi criado numa sociedade de status, onde o que se tem se transformou em quem se é.
Para você que está se sentindo estranho e que não está se encaixando, para você QUE TEM TUDO E NÃO TEM NADA.
Algumas notas:
O incrível não está no restaurante caro em que você vai, mas sim na experiência, na companhia que está com você no momento ou até mesmo se curtiu ir sozinho. O incrível não está no carrão que você tem, mas nas viagens que ele lhe proporciona, nas experiências. O incrível não está na mansão em que você mora com a sua família, mas sim se vocês jantam juntos, se trocam e contam as EXPERIÊNCIAS, nas risadas que dão e nas brigas (que também fazem parte).
O incrível não está na viagem que fez pra Europa, mas em quem conheceu lá, nas conversas que teve, nas coisas que vivenciou e, por fim, o incrível não está no dinheiro, mas sim nas EXPERIÊNCIAS.
E você pode ter lido tudo isso até aqui e ainda não entender, porque o incrível, o simples não pode ser visto em algum lugar, ele tem que ser sentido. Meu desejo é que assim como eu, você SINTA!
Ps: Se você está nessa vibe não se junte a pessoas que não estão, tem gente que soma e tem gente que suga e o impede de evoluir. Escolha bem com quem decide dividir SUAS experiências.
A vida é simples, o difícil (ou não) é ser tão SIMPLES.
Obrigada a todos que me acompanham, e que me escolheram também para fazer parte dessa aventura!
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