Especialistas afirmam que se sentir amado é uma necessidade emocional primária nos humanos. Essa necessidade nos acompanha por toda a vida, por isso, na infância, buscamos afeto dos pais ou responsáveis, e na vida adulta, dos parceiros amorosos, familiares e amigos.
O grande problema é que queremos o amor da forma como o entendemos e as pessoas o entendem de forma diversa. Sim, eu estou afirmando que muitos desencontros acontecem pela dificuldade em entender o que o outro deseja, ou seja, por falta de empatia.
Em meu livro “Mediando conflitos no relacionamento a dois”, conto várias situações que vivi e vivo na minha rotina de atendimentos. Casos baseados em fatos reais, guardando a total privacidade dos envolvidos. Situações comuns de pessoas, no livro especialmente casais, que se desentendem e sofrem, mesmo se amando. A questão da comunicação é muito séria; falamos o mesmo idioma, mas não a mesma linguagem e nos embaraçamos muito com isso.
Se pensarmos que a nossa natureza clama por amor, entenderemos que essa crise na saúde se revela e expande para uma crise emocional.
Complicado para quem passou a estar muito tempo junto como cônjuges, pais e filhos, irmãos, amigos… Também é difícil para os que se afastaram de seus entes queridos. Não tem sido fácil para ninguém!
Minha reflexão não tem o sentido de intensificar sofrimento, pelo contrário, acredito que constatar nossas necessidades pode ser o diferencial para sairmos renovados dessa situação que, com certeza, vai passar.
A vida é cíclica e eu acredito que aprender o máximo de cada ciclo é trilhar o caminho da nossa evolução espiritual.
No meio dessa reflexão surgiu em minha mente a proximidade da Páscoa e senti que um pensamento se desdobrou ao outro. Afinal, a mais antiga e importante festividade cristã celebra a ressurreição de Jesus ocorrida ao terceiro dia após sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento.
Segundo os dicionários, ressurreição significa “volta à vida”, “reaparecimento” e, em sentido figurado, “energia, vigor, disposição ou vida nova”. Com certeza, vivemos um período em que necessitamos ressurgir de nós mesmos para superar tamanhas dificuldades.
Aquele que morreu na cruz é o modelo de todo cristão e nos provou que podemos vencer qualquer obstáculo, inclusive a morte. Isso nos leva a concluir que, por maior que seja o calvário, temos condições de enfrentá-lo.
Seu maior mandamento é: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”
Sendo o amor a nossa grande necessidade, encontramos no Mestre a bússola precisa para nos orientar neste e em todos os momentos de nossas vidas. Quer ser amado? Ame, simplesmente.
Feliz Páscoa! Feliz renascimento!