Ainda que muitos o conheçam e saibam quem você é, nunca o verão como você se vê.
Não se olhe com os olhos dos outros, ninguém vai enxergá-lo além dos rótulos, pois só você sabe qual é o produto. Ainda que muitos o conheçam e saibam quem você é, nunca o verão como você se vê.
Não porque não queiram ou não saibam, mas simplesmente quem você é e o que você sente, o que você passou, sofreu, sonhou são definições suas refletidas em seu ser, seladas em seu íntimo, vistas somente com os seus olhos da alma.
Por isso, não se permita se olhar com o olho alheio, aceitando julgamentos reversos aos seus de alguém que sequer imagina os percalços vividos por você.
Olhar-se com os olhos dos outros, é estacionar seus desejos, deixar de valer suas opiniões, não protagonizar suas experiências, permitindo que a visão de outra pessoa interfira em suas atitudes, subestimando suas qualidades e inteligência com uma visão distorcida de quem realmente é.
Quando nos vemos com o olho do outro, nós nos desvalorizamos, limitamos nosso projeto pessoal, o que nos leva a estagnação. Esquecemos a convivência que tivemos conosco mesmos, os nossos valores e nossas emoções. Anulamos o poder de decisão a nosso respeito que cabe somente a nossa individualidade, razão e compreensão.
Quando você se mede com o olhar do outro, um olhar que não o pertence, você autoriza uma invasão alheia.
Você consente concepções, ponderações e opiniões com níveis de superficialidade de uma vivência exaustiva, trazendo um vazio angustiante, uma sensação de pequenez uma autodestruição, atrasando sua vida.
Ainda que o outro o olhe milimetricamente, nunca terá o seu olhar, aquele olhar que abre a janela da sua alma, e que o faz reconhecer o ser humano que você foi é e será a cada dia melhor, com seus erros e acertos, suas derrotas e superação, suas grandezas e seus valores planejados, construídos, e conquistados somente por você.
Não menospreze a divindade que há em você, preze a capacidade que você tem de ir à luta, de buscar seus objetivos, sem se importar com os obstáculos que aparecem na intenção de desviar o seu olhar para seus reais propósitos.
O sagrado que há em você o direciona para o olhar da luz, a luz interior que o habita, que é a sua fonte de inspiração.
Siga essa direção e não aceite a indução de outros olhos, olhares sem nenhum significado, sem generosidade.
Você é muito mais que um simples olhar alheio, seus olhos não são olhos que somente olham, mas são olhos que veem e nisso há uma grande diferença.
Porque eles veem a preciosidade e a raridade que você é, pois eles brilham para você!
Só os seus olhos podem lhe mostrar isto!
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