Não existem respostas para a singularidade do sujeito, fruto de sua vivência, de sua história única, intransferível, não esse tipo de resposta pronta.
Diariamente são publicados textos e livros repletos de regras infalíveis que “ensinam” como ser feliz, como superar a dor, como ter um relacionamento duradouro, como não se deprimir. Não sei se é caso de preocupação ou ira. Quem são esses sábios que dão respostas prontas para minha vida, para sua vida? Como sabem sobre minha subjetividade, sobre meu jeito único de lidar com a vida se nunca me ouviram?
Não existem respostas para a singularidade do sujeito, fruto de sua vivência, de sua história única, intransferível, não esse tipo de resposta pronta.
A “resposta” existe sim, mas na própria pessoa e surgirá diante da luta para encontrá-la porque está, muitas vezes, além de sua percepção consciente.
Um profissional, um psicólogo é a escolha ideal para tratar de algo que traz sofrimento, para entender o que se passa, o motivo de determinadas escolhas e repetições. O psicólogo pontua, faz intervenções para que você se escute, enfrente seus medos, compulsões, enfrente a vida. O sujeito será conduzido a reviver e viver sua história, então assim saberá mais de si.
Em um contexto profissional as palavras gritam e conseguem dar conta da dor de viver, o sujeito poderá caminhar. Nossa história é tão unicamente singular, que cada pessoa responderá de forma diferente a um tratamento, cada paciente terá seu tempo de elaborar o que descobre e relembra, cada um com sua estrada.
Resolveremos nossos problemas? Sim, mas a vida trará outros e o bonito desse processo é quando o sujeito passa a dar conta sozinho de pontuar a si mesmo.
Freud, em “Análise Terminável e Interminável”, cita que o esclarecimento das situações antes inconscientes e o vencimento de resistências são suficientes para evitar repetição de processos patológicos.
Não se deixe iludir, lute, seja responsável por resolver seus problemas, não tenha preconceito em encarar a si mesmo e em buscar ajuda profissional.
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