O laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que a morte do menino Théo Ricardo Ferreira Felber, de cinco anos, foi provocada por traumatismo crânio-encefálico, resultante da queda da ponte.
A perícia valida a principal linha de investigação da Polícia Civil, que aponta que a criança foi lançada ainda viva da ponte sobre o Rio Vacacaí, em São Gabriel, no dia 25 de março.
Além disso, a perícia revelou que os sinais de esganadura no pescoço da criança eram anteriores ao ocorrido, sugerindo que Théo já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio por parte do pai.
A inspeção na residência onde a criança esteve com o pai, Tiago Ricardo Felber, 40 anos, não encontrou vestígios de sangue. Esse fato reforça a hipótese de que todas as lesões sofridas pelo menino foram consequência do impacto ao ser atirado da ponte.
Relembre o caso
Théo foi arremessado da ponte sobre o Rio Vacacaí em 25 de março. A travessia está localizada na Avenida Getúlio Vargas, no bairro Mato Grosso, em São Gabriel. O menino residia com a mãe em Nova Hartz, mas estava sob os cuidados do pai.
Em seu depoimento, o homem afirmou ter esganado o filho na noite anterior ao crime, mas que a criança havia recuperado os sinais vitais. Théo apresentava lesões antigas em seu corpo.
Câmeras de segurança registraram Tiago carregando Théo por cerca de três horas em uma bicicleta antes que o corpo do menino fosse encontrado.
Após cometer o crime, ele enviou áudios pelo WhatsApp dizendo que havia jogado a criança da ponte.
O homem se apresentou à polícia à Brigada Militar e admitiu ter lançado o filho do local, alegando que agiu para se vingar da ex-companheira.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.