Pergunte a si mesmo: o que eu quero da minha vida?
Desde muito pequena, eu me faço esta pergunta. Os mistérios da vida já me fascinavam. Eu mudei, mudei de fases de situações e desafios, porém, a resposta desta pergunta, sempre foi a mesma: O que for verdadeiro. O que puder ser eternizado. O que vibra com a minha alma e a faz expandir. O que faz sentido para mim. O que me traz paz. O que me faz sentir e me conectar com o meu eu puro e a essência do universo.
Com esta resposta bem clara e irradiando no meu coração todos os dias, comecei a sentir uma dificuldade imensa em moldar o meu dia a dia de acordo com as minhas necessidades existenciais. Eu vivia uma rotina cheia de responsabilidades, era cobrada diariamente, precisava entregar resultados em diversas áreas, mas no final do dia eu sentia que havia desperdiçado horas valiosas com algo que não estava fazendo pleno sentido para mim. Ou, pelo menos, o modo como eu estava fazendo não estava em completa harmonia com o que eu precisava que fosse.
Prossigo, então, para mais algumas perguntas, pergunte-se: como eu vivo o meu dia a dia? Como eu me sinto? Estou preso na frente de uma tela de computador, batendo ponto? Em um escritório sem janelas? Fazendo algo que eu não gosto? Isto faz sentido para mim?
Se estiver tudo bem para você, ótimo. Mas o que mais tenho visto, e é o que me traz à reflexão deste texto, são pessoas cada vez mais infelizes, completamente à deriva, sem rumo. Tento descobrir de onde vem tanto caos emocional nos dias de hoje, e identifico algo relevante: somos impulsionados desde pequenos a entrar em uma máquina de produção de uma sociedade capitalista, onde o eu, majoritariamente, não tem vez. Se tivermos sorte, conseguimos ter uma mínima estrutura para desenvolver este eu dentro de nossa família, uma mãe, um pai, uma avó que nos proporcione um meio saudável.
Caso contrário, entrando na vida adulta, só reproduzimos padrões e processos, afinal, PRECISAMOS nos sustentar e sobreviver.
Mas em quais padrões? De quais jeitos? E o melhor: quem disse? Quem inventou este jeito específico?
Se analisarmos a evolução humana e o modo de viver veremos uma imensidade de jeitos, mas alguns alguéns ao longo do tempo, líderes, comandantes, ditadores, disseram que teria que ser desse jeito específico para ser válido. Lembro que o meu objetivo aqui não é citar contextos históricos, mas sim questionar o nosso compromisso com nós mesmos, e quanto somos verdadeiramente capazes de construir a vida que tanto queremos.
Muda o tempo, muda o lugar, muda a cultura, mudam-se os padrões, as exigências. Sei que nossos antepassados, bisavós, avós, fizeram o melhor que puderam e até o que precisavam, e é este o nosso dever: construirmos o que nós precisamos do jeito que escolhemos.
Uma vez vi uma frase: “O trabalho, por mais tedioso que possa parecer, é uma das poucas coisas que traz sentido à vida humana”.
Fazer parte de algo, sentir-se necessário de alguma maneira nos faz melhor. E sim, eu acredito que o trabalho é essencial. Mas ele é TÃO ESSENCIAL COMO ENCONTRAR O NOSSO JEITO DE FAZÊ-LO.
Se você vai empreender, fazer um concurso, seguir carreira em uma multinacional, ser artista ou um grande CEO, não sei, mas você sabe! Você sabe o que quer, o que será melhor para você!
Pois quando abrimos mão de algo importante somente para nos encaixar, ou deixamos de lado algo valioso para conseguirmos aturar determinada situação, em algum momento, isso irá nos sufocar. Quando não estamos completos, deixamos um pedacinho de nós a cada dia que passa.
Então, DESCUBRA O SEU JEITO. Descubra o que faz sentido para você! Descubra o que quer construir na sua vida!
Permita-se ser você por completo E VIVA!
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