Por que falamos que vemos no outro o que temos em nós mesmos?
Quando olhamos para um relacionamento amoroso, dentro da ótica da Constelação Familiar, podemos entender de forma mais profunda que o que temos, nós mesmos atraímos. Nós trazemos para perto de nós exatamente o que está em nosso sistema, as experiências que curam nosso sistema familiar, ou então que honram quem veio antes.
Se você não conhece as Constelações Familiares, em uma breve explicação posso lhe dizer que somos produto dos nossos ancestrais, mas não apenas da forma biológica como sabemos, da vida que recebemos dos nossos pais. Também somos produto da energia presente nas histórias da nossa família, nos amores vividos e não vividos, nas dores e nos sofrimentos.
Estamos ligados de maneira energética com todos que vieram antes. E por isso que algumas vezes repetimos padrões que não necessariamente nos cabem mais.
Não correspondem ao nosso desejo de vida, mas correspondem ao desejo de um sistema, de uma família, da qual fazemos parte.
O ponto é que, por amor à nossa família e pela Ordem de Pertencimento (uma das Ordens do Amor que regem a Constelação Familiar), nós fazemos isso inconscientemente.
E também é que inconscientemente continuamos buscando relacionamentos que não nos são saudáveis, que mostram e repetem histórias que não queremos mais. Por que isso, então?
Porque queremos colocar em ordem histórias dos nossos ancestrais, pura e simplesmente por amor. O amor ao sistema familiar é maior do que tudo. O amor aos nossos pais nos faz viver emaranhados, com nós energéticos, que nos prendem e nos amarram em situações que não reconhecemos para nós mesmos.
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O Universo se encarrega de enviar as pessoas certas para que possamos corrigir as histórias da nossa família.
E então, poderemos viver olhando para dentro de nós e nos curando, quando percebemos que a outra pessoa é a pessoa certa.
O que muitas vezes fazemos é achar que estamos com a pessoa errada. E, por isso, nós nos negamos olhar para as feridas do nosso sistema familiar.
Com isso não quero dizer que devemos insistir em um relacionamento que não funciona. Pelo contrário, devemos reconhecer nele a experiência certa para nós e para nosso sistema. Reconhecer nele as questões que existem em nós e que precisam de cura, e então agradecer.
E, se for o caso de deixar ir e acabar porque não era bom, também você pode fazer isso. Mas sempre agradecendo.
Agradecendo, porque essa pessoa que você tem na sua frente está lhe mostrando e curando algo em você que pode ser que você não reconheça, mas que, sim, existe em você e no seu sistema familiar.
Sempre olhando com amor para todas as situações que temos em nossas vidas.
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