De uma forma geral, a opinião sobre o que significa ser um pai de verdade é muito equivocada.
Muitas pessoas acreditam, e passam esse conhecimento adiante, de que a função do pai é participar da geração da criança, mas depois do nascimento todas as responsabilidades são exclusivas da mãe.
É por esse pensamento que cada vez mais as mulheres perdem sua identidade pessoal e ficando exaustas tentando equilibrar a responsabilidade da maternidade com a necessidade de cuidar de si mesmas enquanto mulheres, profissionais, amigas e familiares.
Existem muitos pais que não aceitam os seus deveres, preferem apenas fechar os outros para o fato de que são responsáveis pelas vidas de seus filhos, tanto quanto as mães, e acreditam que uma ligação por ano e cem reais a cada dez meses é fazer demais.
Muitos homens pensam que o compromisso com os filhos está diretamente relacionado ao seu compromisso com as mães.
Para eles, apenas devem cumprir com o seu papel enquanto ainda estão com as mães das crianças, mas ao terminar um relacionamento, acabam-se também todas as suas obrigações enquanto pais.
Eles não entendem, ou fingem não entender, que a paternidade não é um status temporário, mas, sim, eterno.
Depois que temos um filho, a única coisa que pode nos separar do vínculo que compartilhamos com ele é a morte e, até que ela chegue, devemos fazer o nosso melhor para cumprirmos nossa função, com responsabilidade, presença e amor.
Alguns pais fazem o mínimo possível pelos filhos, acreditam que devem ser agradecidos por isso e ainda se sentem ofendidos quando são obrigados a cumprir o seu papel da maneira certa.
Se você acha que ser um pai de verdade é ficar com seu filho algumas horas durante um ou dois dias na semana, e acredita que está de bom tamanho, está errado.
Se pensa que comprar um leite uma vez ou outra ou fazer o sacrifício de levar seu filho doente ao hospital, enquanto a mãe trabalha, está completamente fora da realidade. Ou ainda, se pensa que levá-lo ao shopping uma vez a cada cem anos e usar um momento de lazer como justificativa para não precisar contribuir – com dinheiro ou presença – em todos os outros dias do ano, tornando-se um bom a exemplo a ser seguido, realmente precisa se situar da realidade.
Os pais de verdade são aqueles que compreendem que o compromisso com seus filhos é eterno. Que sabem que, ainda que não queiram estar presentes nas vidas das mães, possuem o dever de continuar cuidando e amando os filhos, porque eles não são uma peça de roupa ou um acessório do qual você pode abrir mão em uma separação. Eles são uma metade de seu coração, e sempre farão parte de suas vidas.
Eles sabem a honra que é fazer parte da vida de outra pessoa desde o seu início e fazem questão de permanecer na vida dos filhos independentemente das circunstâncias, porque são felizes e gratos pelo grande presente que receberam da vida.
Esses pais não perdem o seu tempo tentando convencer outros de que são bons o bastante, porque sabem que a única opinião que realmente importa é a de seus filhos.
Eles não querem aplausos alheios, querem abraços cheios de amor. Os pais de verdade conhecem a sua responsabilidade e querem ser bons exemplos para os seus pequenos, portanto, dão o seu melhor a cada dia e oferecem aos filhos tudo aquilo que não tiveram, porque sabem que merecem sempre o melhor.
O mundo precisa de mais pais de verdade. Esforce-se para ser um deles!
Direitos autorais da imagem de capa: Josh Willink/Pexels.