A teoria da felicidade da savana foi criada para explicar duas descobertas. A primeira é que as pessoas que habitam áreas mais populosas tendem a reportar menor satisfação com a vida.
E a segunda é que, quanto mais interações sociais com amigos próximos uma pessoa tem, maior será sua felicidade.
Mas há uma grande exceção: quanto mais inteligente for a pessoa, mais as correlações são invertidas.
Essa teoria, então, demonstrou que a socialização e a inteligência são estruturas muito antigas, e que nossos ancestrais, que passaram mais tempo sozinhos, tiveram mais oportunidades de se adaptar às mudanças em seu tempo. Provavelmente, eles tiveram mais tempo para analisar suas ferramentas, acompanhar o progresso da sociedade e tomar melhores decisões acerca de seu futuro, o que, provavelmente, não foi possível para as pessoas que eram mais sociais.
Dr. Norman Li, professor associado de psicologia da Singapore Management University, diz “A alta inteligência geral pode permitir às pessoas lidarem melhor com coisas novas que os humanos recentemente entendem, como gerenciar a própria vida usando computadores, smartphones, etc. e não precisar (para fins de sobrevivência) se associar com amigos em uma base diária”.
“Então, é mais provável que uma alta inteligência permita que as pessoas vivam mais confortavelmente fora das condições naturais”.
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A pressuposição é de que os homens tiveram a necessidade se tornar sociais para sua própria sobrevivência. Afinal, na época da savana, precisavam caçar grandes animais para se alimentarem, e não era possível fazer isso sozinhos. Tinham que planejar um curso de ação eficiente e todas as ideias eram bem-vindas. Além de que, na vida em comunidade as tarefas são divididas e, consequentemente, eles tinham que confiar em outras pessoas para cumprirem suas funções.
De forma geral, os humanos ficam mais felizes quando participam de um maior número de interações sociais, exceto as pessoas mais inteligentes, que preferem ficar sozinhas. No entanto, isso não significa que pessoas extrovertidas não são inteligentes, essa é apenas uma tendência.
De fato, há muitas indicações de que os extrovertidos também podem ser inteligentes. É apenas uma correlação bastante interessante, aparentemente contrastante, encontrada dentro de estudos de comportamentos.
Assim como qualquer outro estudo envolvendo inteligência e personalidade, há muitas exceções a essa evidência. Cada ser humano é único, e possivelmente sempre haverá uma exceção a todas as regras.
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