Nos dias atuais é comum conhecer indivíduos que, por diversos motivos, se distanciam de sua família. Seja devido ao cotidiano corrido, aos anseios em se atingir metas, aquela busca incessante pela estabilidade financeira, ou simplesmente por pensar que a presença dos familiares impede o seu crescimento, como ser humano, e o torna dependente – nem tanto na área financeira, mas sim emocionalmente.
Entretanto, a liberdade e independência não tem nada a ver com o afastamento de seus familiares, muito pelo contrário, se você conquistou seus objetivos e caminha rumo aos seus horizontes almejados, precisa reconhecer que foram suas raízes, que fundamentaram as bases de seu sucesso.
A família representa bem mais do que um conjunto de pessoas, que se reúne eventualmente em celebrações, mas simboliza um grupo que, unido, revela os primeiros contatos que temos com o conceito de sociedade.
Através dessa instituição, nos constituímos como seres humanos, aprendemos que as pessoas são diferentes, moldamos nosso caráter, e também doamos – intencionalmente ou não – uma parte nossa, para que os demais nos carreguem consigo ao longo da vida.
É óbvio que ocorrem conflitos ocasionais, pois existem diferenças que interferem na tomada de decisão, gerando impasses que, por meio do diálogo e paciência se resolvem e, assim, tornam-se mais enriquecidos os aprendizados. As trocas de ideais e argumentos nos encaminham (a passos largos), para o entendimento das diversidades e o respeito ao próximo.
Aqui vale ressaltar que, o desenvolvimento de uma consciência de tolerância é fundamental para a convivência pacífica com a família.
Torna-se indispensável, portanto, que exista o equilíbrio entre o que esperamos do outro e também no que estamos oferecendo a ele, haja vista que mais do que sermos consanguíneos, os laços de fraternidade precisam ser constituídos, e fortalecidos, a partir da amizade e partilha dos bons momentos; do apoio, quando as situações se tornam difíceis; ou simplesmente de uma escuta.
“Amar ao próximo, como a nós mesmos” consiste em aceitar o outro nas suas peculiaridades e, acima de tudo respeitá-lo. E que grupo se encontra mais próximo de nós, desde a infância, do que a família? Daí o reconhecimento de que seu significado deva ser essencial em nosso viver.