Tenho muitos artigos publicados falando sobre conscientização, mas quero deixar uma pergunta aos caros leitores: você vende aquilo que de fato gostaria de comprar?
Temos por costume exigir do outro produtos de qualidade, segurança, que atendam a diversos requisitos e não aceitamos ser enganados, não é mesmo?
Por que então, alguns, ao venderem algo para alguém, colocam materiais inferiores, produtos sucateados e usados, fazendo uma “limpeza e trocando selos”, mas na realidade não é aquilo que a nota fiscal demonstra?
Já vimos inúmeras reportagens sobre a falsificação de cigarros, charutos, peças para carro e eletrodomésticos; sobre produtos que não tinham defeitos, mas para ver a idoneidade da empresa, coloca-se que possuíam “possíveis problemas” de funcionamento, que na realidade não existiam, e a empresa informa que deveriam trocar “tais peças”.
Os valores estão invertidos nesta sociedade, onde a conhecida “Lei de Gerson” tem predominado por todos os cantos, onde o “certo virou errado e o errado virou certo”.
Quantos não foram às ruas recentemente para pedir mais justiça, acabar com a corrupção e, no fim, vemos pessoas corruptas e/ou corruptoras na mesma proporção, as quais estavam engajadas para o bem?
Na minha área de atuação não é diferente, vemos materiais que precisam levar segurança à sociedade, vendidos totalmente fora dos padrões mínimos de segurança, ou seja, produtos que, em momentos de acidente, provocarão mais acidentes ainda, ceifando vidas e patrimônios. Cita-se como exemplo o caso do incêndio ao Museu Nacional, onde a falta de manutenção na rede elétrica destruiu aquilo que um dia foi nossa memória, o respeito aos nossos antepassados.
O que você pode fazer para mudar isso?
Desculpem-me a sinceridade, mas como disse um texto que li aqui há algum tempo, é preferível ser ácido e honesto a ser doce e hipócrita. Essa é a mais pura realidade, pois muitos preferem um sorriso e um “tapinha” nas costas do que ouvir a verdade nua e crua, evitando muitos infortúnios no futuro.
Quer ajudar o mundo? Coloque-se no lugar do outro.
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