No meio do turbilhão de crenças que minha lógica assassina, procuro manter uma incólume: Minha alma é eterna. Assim creio, pois assim sinto.
Durante minha vida assisti a algumas pessoas colocarem estacas em seu próprio tempo, estipular mortes em vida, citar prazos de validade. Se eu acreditar nisso, eu não continuo de pé…e meu corpo acompanhará o mesmo percurso daqueles que se limitaram por essas crenças.
A ideia de fim limita o ser humano, o fim orgânico dos corpos puxa com ele as mentes, reafirmando uma crença de finitude do próprio pensamento, ignorando o conceito de alma que ao mesmo tempo é incomprovado por números, mas empírico para quem a sente.
Eu sinto a minha alma e dispenso dar explicações dos porquês.
A vida me leva a crer que, sim, existe a vida e existe a morte, mas desconsideramos o que ela é, em que instâncias elas ocorrem.
Eu nasço a cada amanhecer, cresço durante do dia, sofro durante a noite e estou morta durante o breve período dos meus sonhos. Nele visito céus e infernos que minha mente não conseguiu ainda derrubar, paraísos eternos que ela entendeu a existência, ideias que estão em mim e as herdei dos meus pais, que herdaram dos seus… e pronto. Fim da vida.
Renasço a cada amanhecer. Não penso nos números, que aliás não estão sequer registrados no meu corpo. Se eu pensar na degradação dele, minha mente o acompanha. Faço o contrário:
Almas nascem velhas e se tornam vigorosas com o passar dos anos.
Minha alma é mais forte do que o corpo, ele é quem tem que acompanhar as paixões da minha alma.
Direitos autorais da imagem de capa: Raúl Mouzo on Unsplash