Como você recebe algo de alguém?
Recordo-me de uma simples história em que um rapaz ouvia sempre de sua namorada ao presenteá-la, de que ele não precisava ter se incomodado, na verdade, em pensar nela, em querer vê-la feliz, em sentir-se bem ou até em fazer um agrado, para sinalizar o quanto é especial.
Há em toda palavra que dizemos uma intenção, mesmo que ainda não conscientes do verdadeiro sentimento de algo dito, mesmo que por educação a intenção está ali.
Crescemos instruídos para aprendermos a nos comportar educadamente, e isso é altamente válido diante da realidade de que o ser humano necessita de algumas regras de inserção perante o mundo real e um convívio harmonioso perante o todo.
Trago aqui reflexões para o afastamento da naturalidade de receber algo agradável, da troca mútua, de um elogio sincero, de um presente. De atitudes simples da vida, que muitas vezes recheamos de bloqueios, neutralizando, duvidando da abundância de ser escolhido para receber alguma bênção, que seja em forma de presente.
E em algumas atitudes simples do cotidiano podemos perceber que constantemente damos ouvidos a estes bloqueios.
Quer ver como é simples nos sabotarmos? Certa vez, procurando lugar para estacionar o carro, imediatamente avistei uma vaga excelente, de bom tamanho onde nem me esforçaria para fazer uma baliza bem feita e bem em frente do local que precisava ir.
Imediatamente pensei: Ah! Não é possível! Devo estar enxergando errado. Pronto! Em segundos, deixei que meu corpo, meus sentimentos e emoções não recebessem em sua plenitude algo que sim, era para mim! Afinal, havia pedido um bom lugar para estacionar.
Com atitudes pequenas e cotidianas treinamos nosso interno a duvidar do que é nosso para receber.
Preparamo-nos para qualquer perigo e com isso nos esquecemos de nutrir o “ser felicidade”. Local dentro de nós que armazena doses diárias de percepções do quanto a cada momento somos agraciados mesmo em meio às dificuldades, e que é possível sentir-se mais pleno e feliz, de dentro pra fora, fazendo-nos seres inteiros.
Terapeuticamente falando, obter novas formas de percepções é um processo de dentro pra fora, onde se percorre um longo caminho de identificação destes bloqueios para que sejam ajustados até que a plenitude possa ser instaurada e o “ser felicidade” esteja em perfeita harmonia para ser abundante em receber o que é para ser seu.
É um novo treino, agora para exalar sua felicidade e naturalidade.
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