No áudio vazado, é possível perceber que o professor está insatisfeito com os questionamentos da estudante. O caso está sendo apurado.
As aulas on-line continuam sendo parte da rotina da maioria das escolas brasileiras, já que a pandemia ainda não deu indícios de estar no fim e a aglomeração de alunos e professores em salas de aulas tem se mostrado foco de novos casos.
Sem uma política eficaz, que consiga fazer com que as aulas presenciais sejam seguras, boa parte das instituições preferiram manter em 2021 a modalidade educação a distância.
O ensino pela internet pode conter o vírus, mas tem-se mostrado ineficaz em alguns casos, já que professores e alunos não tinham o hábito do ensino dessa maneira. Tendo de adaptar o conteúdo e criando estratégias para conseguir transmitir os conteúdos, muitos professores têm demonstrado insatisfação com o método.
Mas sem outras alternativas, ou noção de quando o público menor de 18 anos, que corresponde a 25% da população brasileira, será vacinado, as aulas continuam a distância.
Como muitas disciplinas são ministradas através de uma reunião on-line, que pode ser conduzida em vários aplicativos e sites diferentes, as aulas acabam sendo, na maioria das vezes, gravadas.
Essas gravações podem ser feitas pelo próprio docente, que escolhe a opção de registrar aquele período para que os alunos possam assisti-las em outro momento, ou pelos próprios estudantes, que têm a opção de usar o celular sem que ninguém veja.
Em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás, um professor foi gravado destratando uma aluna durante a aula.
O caso aconteceu no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Unidade Colina Azul e, segundo informações do G1, nem o docente nem a estudante puderam ser identificados. Após os comentários do professor, é possível ouvir uma aluna chorando ao fundo. Tudo aconteceu durante a aula e todos os que estavam presentes acompanharam a situação.
No áudio vazado, é possível ouvir o homem dizendo que tem mais propriedade para falar de química do que ela. Ele ainda diz que se ela estivesse insatisfeita, era só reclamar, mas que havia muitas pessoas assistindo.
A repreensão não para por aí. O professor ainda diz para ela parar de “encher o saco” e afirma que está “de saco cheio” das perguntas dela. Logo depois, a menina começa a chorar.
Em nota, o CEPMG afirmou que o caso está sendo apurado e que a instituição tomará as devidas providências. A unidade ainda afirmou que não compactua com nenhum desvio de conduta nem dos professores nem dos alunos ou de qualquer servidor.
A Polícia Militar, através do subcomandante de ensino, tenente coronel Tairo Ciolé, explicou que a instituição instaurou um procedimento administrativo para apurar a extensão dos fatos. A situação toda aconteceu no dia 12 de maio.
Na gravação, ainda é possível ouvir a mãe de outra aluna interrompendo a aula, mostrando-se completamente indignada com a atitude do professor.
A mãe afirma que estava horrorizada com a situação, já que ela apenas queria tirar uma dúvida, mas que, naquele momento, acabou chorando na frente da sala de aula inteira.
A mulher ainda diz que o docente não teve humildade na hora de falar com a menina, e que mesmo que fosse desconexo com a disciplina, existiam formas mais educadas de abordar a questão, sem que a fizesse chorar.
Ouça o áudio:
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