Acostumei a acordar sem seu bom dia. E a passar a tarde sem suas mensagens. Mas era à noite, quando eu dormia e me lembrava que nada ia acontecer no dia seguinte, que realmente doía. O nome disso é saudade.
E que saudade! Ela começava cedo quando eu acordava de um sonho com você, mas logo partia quando eu mergulhava nas minhas atividades.
Voltava ao meio do dia com uma pontada de leve no peito, quando me lembrava rapidamente do que passamos juntos. Às vezes, nem tão leve.
Porém, o pior era à noite. Dizem que esse é o momento de maior angústia na sociedade ocidental. Será que temos medo do escuro? Ou será que o escuro nos revela nossos piores medos?
Era nesse horário que o coração parecia totalmente vazio. Ou cheio de tanta dor. Era a saudade que sufocava o peito com lembranças. Que fazia chorar. Que me fazia perder o sono, o apetite, o amor-próprio.
O nome disso é saudade. E só. Mas… saudade sim, tristeza não!
Os momentos de luto são necessários. Ajudam a dar sentido ao que estamos sentindo, a colocar a nossa dor para fora e nos libertarmos. Ficam resquícios, ficam lembranças, mas o sofrimento precisa acabar.
Hoje você está melhor que ontem. E amanhã certamente estará melhor que hoje. Um dia de cada vez.
Até que uma manhã você acorda e sonhou com algo totalmente diferente. É um sinal de que algo está mudando. Você já está preparado (ou se preparando), para uma nova fase, cheia de luz.
E dentro do seu coração, aparece aquela frase tão linda que lhe disseram uma vez e já o provocou raiva, tristeza, descrença. Mas hoje, ela lhe traz paz.
O Universo é perfeito!
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