Pesquisando um filme interessante na Netflix, deparo-me com a apresentação do trailer de “Dumplin”, um filme categorizado como comédia musical, por contar com canções originais da diva do country, Dolly Parton, na trilha sonora.
Iniciando o filme, um ar de motivação em uma das cenas me fez assistir até o final. Assistam, gente!
“Dumplin” é inspirado no livro de mesmo nome, da escritora norte-americana Julie Murphy. A trama conta a história de Willowdean Opal Dickson (ou apenas Will), interpretada por Danielle Macdonald, uma moça que tenta não se importar com a sua aparência, ao mesmo tempo em que é filha de uma mãe ex-Miss Teen Bluebonnet, Rosie Dickson, interpretada por Jennifer Aniston.
Durante a história, mãe e filha lidam com um relacionamento complicado, devido a Will ser gorda, e é a partir disso que o enredo se desenvolve.
Depois de perder Tia Lucy, que era seu referencial de vida, Will se sente perdida e, num ato de pura afronta, decide se inscrever no tal concurso Miss Teen Bluebonnet, acompanhada por sua melhor amiga e por outras duas meninas. Elas fazem disso um protesto contra todas essas regras calcadas na aparência das pessoas e nos padrões estéticos considerados “certos”.
A mãe de Will, infelizmente, a chama na maior parte do tempo de “fofinha” que é, claro, um eufemismo para “gordinha”. Sim, tudo isso no diminutivo, na tentativa de suavizar o “gorda”, e que fique claro, “gorda” não é ofensivo e nem é palavrão.
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Will não gosta de ser chamada de fofinha e mostra isso à sua mãe, porém a mãe continua. Até que, com a preparação para o dia do concurso, ela vai conhecendo seus pontos fortes e superando as crenças limitantes que sua mãe e colegas de escola a tinham feito acreditar.
O “fofinha” se torna uma palavra sem nenhuma importância emocional para a sua vida.
Quantas vezes ouvimos e lemos opiniões sobre nossa vida, impostas por pessoas que não nos conhecem ou não são íntimas? Quantas vezes as pessoas querem fazer com que sigamos um padrão que não é nosso? Quantas vezes as pessoas falam conosco como se fôssemos crianças, ignorando nosso senso crítico? É ridículo sermos julgados por nossos corpos, sendo que, além dele, temos uma mente e uma alma. Está na sua hora de se inscrever no palco do concurso da vida que você quer construir.
É seu momento de decisão. Este “mundo está cheio de pessoas tentando lhe dizer quem você é, mas é você quem decide isso”. Seja a “fofinha” da sua vida.