Conforme um dicionário de sinônimos por aí na internet, fala-se em dois sentidos para a palavra ansiedade: como AFLIÇÃO ou na forma de DESEJO.
Ansiedade como AFLIÇÃO vem a ser um estado de inquietação, impaciência, desassossego, tormento, angústia, apreensão ou ânsia.
Já na perspectiva do DESEJO, ela se manifesta em aspiração, sofreguidão, ambição, ofego ou anseio.
Como percebe-se, em ambos os estados há um ponto de convergência, que vem a ser o ANSEIO ou ÂNSIA, onde o verbo “ansiar” é o mesmo.
Mas o que é ansiar? Na mesma esteira dos sinônimos, ansiar é aspirar por, é pretender, é ambicionar, é querer, é perseguir. Aspira-se por algo que ainda não alcançou. Pretende-se algo que não se conseguiu. Ambiciona-se algo que não se perfectibilizou. Se quer algo que não se tem. Persegue-se algo que não está aqui!
Por vezes é só um jogo de palavras, mas pode ajudar muito no processo de identificação da angústia, quando se sente dor na espera de algo e não se entende o motivo.
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Também é importante lembrar que pode ser perfeitamente possível que essa busca seja tranquila e exista um alinhamento com o propósito.
Não há regras para isso. Entretanto, se a ânsia vier a causar alguma espécie de desconforto, então, é porque estamos em sofrimento e aquilo que era apenas uma mera busca pessoal, tansforma-se em um martírio desnecessário.
E nada pior do que estarmos em estado de aflição ou desejo incontrolável de algo que, ou não temos, ou que não está aqui e agora. Aliás, um dos maiores vilões da ansiedade é não viver o momento PRESENTE!
Ocorre que se a mente não desacelera dificilmente desfrutaremos do agora, já que o papel do ego é justamente nos empurrar para o futuro com base na experiência do que já vivemos.
Nesse passo, ou estamos com a mente no futuro que não “é” ou no passado que “já foi” remoendo sentimentos ruins. Tudo isso é fruto do pensamento.
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Para entrarmos em estado de maior equilíbrio e quietude é necessário que ajustemos nossa mente ao momento presente, o que necessita de um maior estado de calma.
Sugiro uma pequena experiência de “mindfulness” que vem a ser a atenção plena, do seguinte modo: feche os olhos por uns breves minutos, respire fundo, preste atenção no entrar e sair do ar de seus pulmões, das suas narinas, e vá tomando sentido do seu corpo. Não deixe que nada externo seja obstáculo para continuar. Não existe o lado de fora. Tudo que está fora está dentro. Ouça tudo, perceba tudo. E relaxe. Agradeça o que percebe de lindo no seu aqui. Veja como tudo está perfeito. Não era para ser nada diferente. Você está onde se colocou.
A partir de agora, comprometa-se consigo mesmo que vai se tratar com mais carinho e vai dar apenas um passo de cada vez para chegar aonde sonha, vivendo sempre o momento presente.
Sem cobrança, sem angústia, sem pressa, sem martírio, sem ansiedade, porque a vida acontece neste exato instante! Se a semântica da ansiedade é a ânsia, a da vida, então, é a PRESENÇA!
Namastê!
Márcia Nyland
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