Já imaginou uma aparelhinho de medição que poderíamos usar para descobrir o quanto de equilíbrio estamos em nossa vida?
É que é difícil saber dosar as nossas emoções quando algo nos acontece. Quando este algo é muito bom podemos extravasar de alegria, de emoções positivas, mas e quando não?
Muitas especialistas dizem que repreendemos nossas emoções, que não temos dificuldades em gerenciá-las, que precisamos falar, desabafar, trabalhar nossa conduta diante delas. A passagem de alguém querido, o fim de um relacionamento, uma traição, seja lá de que tipo for, perdas das mais diversas, frustrações.
Outros dizem que vivemos num mundo de muitas reclamações, de gente destilando veneno, ingratidão e dando indiretas nas redes sociais, humanos absolutistas. Aconselham a pararmos com isso e focar no que está acontecendo de bom, se é que está, e perceber se não é distimia, uma leve depressão de gente que tem pouca esperança e é pouco flexível em relação ao que acontece ao seu redor.
Enfim, é para falar ou para calar? É para buscar ajuda? De outros especialistas? E quem não pode pagar um tratamento para suas emoções?
Sinceramente, a maioria de nós não tem controle para lidar com diversas circunstâncias. Até um desentendimento por vezes bobo com alguém, nos tira dias de sono, nos faz ruminar e até adoecer.
Temos dificuldades em fechar nossas caixas sentimentais, nossos medos, nossas angústias. Estamos sempre lá, abrindo, remexendo, procurando respostas e acreditando que sempre somos donos da razão. Tem gente que parece que se sente bem em tocar em feridas mal cicatrizadas.
É uma linha muito tênue entre aprisionar as nossas dores ou confessá-las aos ouvidos alheios. Até que ponto podemos falar, contar, recontar as histórias que nos acompanham, assombram, nos limitam? Não, nem sempre temos discernimento para tal.
O vitimismo pode nos dominar quando reclamamos demais, ou remoemos dores de um passado distante. Ego ferido, aquela pequena vingança que não deu certo, a volta por cima que ainda não aconteceu. Estes probleminhas de traços de personalidade.
A gente começa a se conhecer melhor quando sabe gerir, digerir as questões da vida. Desde coisas simples, pequenos percalços até situações que nos esgotam física, psicológica e emocionalmente.
Mas como saber se estamos aprendendo a conviver com nossas alegrias, do tipo, fazendo-as permanecer por mais tempo em nosso interior ou domar nosso sentimentos e pensamentos mais obscuros? Nós nos policiando e não generalizando todas as circunstâncias.
Ah existe o outro lado. Sim, existem os que têm motivos até para reclamar. Gente que convive com pessoas que não colaboram, que não ajudam, que não são parceiras que se fazem de diferentes. Aí o negócio é manter distância o quanto possível se um papo ou dois não resolvem.
É fácil? Quem disse? Existem os dois lados da moeda. Quando perguntarem se você se conhece e você responder absolutamente que sim, que maravilha! Diz aí para nós aqui que somos leigos. Mas se você, todos os dias ou lá de vez em quando, parar e observar suas atitudes, ações e reações do dia a dia e julgá-las de forma consciente, repensá-las, prometer ser melhor numa próxima, já está dando um grande passo em reconhecer que tipo de ser ou de alma você conduz aqui na terra.
E nem precisaria do tal aparelhinho!
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