Este Universo é um emaranhado de energias e a empatia nos faz colo e consolo. Ajudar a elevar a vibração do outro é uma forma de evoluirmos.
Quando estamos felizes, quando coisas boas acontecem, achamos que as outras pessoas devam estar felizes, precisam se esforçar para ficarem bem e se superarem. Parece errado o outro passar por algum problema ou fazer uma queixa. Nós nos esquecemos de que não vivemos todos no mesmo estado das coisas.
Se temos dias alegres por novas conquistas, por tudo estar bem no amor, no trabalho, com a família, nos estudos, se oportunidades estão se abrindo, convites, viagens, gente nova aparecendo no nosso círculo.
Existe uma pressão para que os outros entrem nesta nossa energia. Já percebeu isto?
Não temos tempo para ficar ou ouvir por muito tempo o outro. A impressão é de que estão nos sugando. Ignoramos ou dizemos umas palavras de consolo e deixa para lá.
Porém, só quando estamos fora da rota, meio deslocados, confusos, quando o coração dói, a alma entristece, perdemos algo ou algumas situações não fluem, que realmente entendemos o outro.
Muitas vezes só entrando na energia da outra pessoa, só passando pelo que ela está passando é que nos solidarizamos. Nossos olhos se tornam os olhos do outro. O caminho é muito semelhante. A gente enxerga o lado escuro de um dia de sol e o frio de uma tarde quente.
Não podemos diminuir a força, a tristeza do outro, assim como não queremos que subestimem o que se passa dentro de nós.
Este Universo é um emaranhado de energias e a empatia nos faz colo e consolo. Ajudar a elevar a vibração do outro é uma forma de evoluirmos.
Quando a sombra está voltada para o nosso lado, tentamos usar uma balança para equilibrar os sentimentos não tão nobres que nos rodeiam. Pesamos tudo o que temos de bom, seja família, amigos, amor, trabalho, casa, comida, o lugar e com quem vivemos e convivemos, porém, por vezes tudo o que é bom parece não compensar.
Aí começam as culpas, e desculpas que pedimos ao Todo, ao mesmo tempo que cobramos do mundo, da vida, de nós mesmo respostas ou a solução de algo. Envolvemo-nos em lágrimas, orações, angústia e a espera de que tudo fique bem.
O que acontece com o outro em algum momento aconteceu ou está acontecendo conosco. O que fazer? Não julgar, não culpar tanto, visualizar coisas positivas sempre que possível.
Tem gente que consegue fazer piada até nos momentos mais complicados. Não é desespero, é trabalho de superação.
Não vamos saber exatamente como tudo vai terminar nem de que forma vai acontecer, muito menos o dia exato, mas acreditar que vai passar e que é precisar soltar, sair do controle sem medo é a maneira de colocar as coisas de volta aos eixos.
Assim como tivemos que lidar com estes momentos em nossas vidas devemos ter sabedoria para compreender que com o outro não é diferente. E não sejamos indiferença.
Direitos autorais da imagem de capa: Jordan Rowland/Unsplash.