Leia ouvindo: Valley – Swim
Cansei da tentativa de mergulhar fundo de mãos dadas com pessoas rasas. Pessoas que não ultrapassam os próprios limites, não se entregam ou não amam completamente.
Tudo é metade. Tudo é raso. Tudo é menos, nada é mais.
Amor? Nem pensar. Se pensar muito não é amor. Para o amor não se pensa, também não pode ser raso demais. Amor é profundeza. Por esse motivo eu peço sempre que coloco os joelhos no chão para conversar com Deus: que seja amor!
Amor de verdade, de entrega, de coração, de paixão, de sorriso no rosto. Sem medos ou traumas do passado. Amor é como colcha de retalho, a gente reaproveita velhos pedaços de experiências vividas durante a caminhada para usar em uma nova estrada. Que é sempre muito mais bonita que a anterior. Colcha de retalhos da alma.
Peço por amor de verdade porque cansei de tanto amor de mentira.
Troco amor de uma noite, por amor para a vida inteira, dotô! É grave?
Gravíssimo. Amor de verdade é caso raro. Amar é grave, porque hoje quem mais se machuca, mais vive. Tudo é excesso. Excesso de ciúme, de exposição, de rede social, de uma vida perfeita, quando na verdade, deveria haver excesso de amor e não de machucados. Diacho de mundo do avesso. Caso raro. Caso grave. Falta de caso de amor verdadeiro.
Em meio há tanta turbulência, a gente tenta, reinventa, acredita e bate papo com Deus antes de cair no sono, ou na insônia, dizendo: Livrai-me de amores rasos, sorrisos falsos e promessas de um futuro bom. Me abençoa com o amor de verdade, com sorrisos largos, coração leve e mãos dadas pela simples vontade de querer ficar junto, sem promessa de futuro bom, mas de um presente inesperado e bonito.