Ciúmes, carência, mania de controle e outros motivos que levam seu(sua) namorado(a) para mais perto desta decisão.
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No início da relação, tudo é festa, lua de mel, mar de rosas. Porém, com o tempo (e pode ser em dois meses) toda essa paixão e ardor minguam ou se estabilizam. O que é natural. Ou acaba, ou prossegue para a próxima fase, como tudo na vida.
Acontece que, hoje em dia, alguma coisa está acontecendo e você não sabe bem o que é.
Talvez aquela cumplicidade legal de antes tenha ido embora e você ande muito insegura.
Talvez vocês não tenham desenvolvido cumplicidade alguma, o que é compreensível numa relação de pouco tempo, mas preocupante, se já tem mais tempo que estão juntos.
De todo modo, você precisa olhar para si mesmo(a) e identificar quais comportamentos põe em risco o seu namoro:
1. Você é ciumento(a)
Você já deve ter visto por aí na internet a famosa frase: tenho ciúmes de tudo o que amo! Como se ciúmes fosse sinônimo de zelo. No dicionário, pode até ser, porém na vida real está relacionado com insegurança.
Ainda que alguns de seus amigos e amigas insistam que ter um pouco de ciúmes é saudável, você precisa compreender que não é. Sentir ciúmes é natural, mas não significa que é saudável. Se fosse, não causaria mal algum.
Antes de mais nada, compreenda: é muito normal sentir qualquer sentimento que você sente. Sentimentos são legítimos e devem ser respeitados.
O que não é adequado é você reagir a todos eles. Ou seja, você não precisa e nem deve demonstrar tudo o que sente, seu sentimento só interessa a você.
Num relacionamento é o que você faz com o que sente o que realmente importa.
Questione seu ciúme e você compreenderá o motivo de estar tão insegura. Se for algum episódio mal resolvido do passado, procure resolver. Se você já é assim há tanto tempo que nem lembra quando começou, é fundamental procurar ajuda. Seja terapia, seja em bons livros sobre o assunto.
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2. Você é carente
Você acha que é afetuoso(a), amoroso(a), presente, disponível, sempre junto para o que der e vier. Seu namorado (sua namorada) pensa o contrário. Você é grudento(a), meloso(a), chiclete, chato(a), pegajoso(a), sempre online e responde prontamente.
Você respira o outro. Manda mensagens o dia todo, pergunta se ele(a) comeu, o que comeu e a que horas! E ainda justifica dizendo que se preocupa. Você deveria estar mais preocupado(a) consigo mesmo(a), com suas coisas, com sua vida e não estar obcecadamente tentando viver a vida dele(a).
3. Você é controlador(a)
Uma variação da carente. Pode ser nível leve ou mais pesado.
Você pode ser controlador(a)sutil, aquele(a) que se antecipa às necessidades do outro, compra algumas roupas, agenda o dentista ou escolhe os pratos que ambos vão comer no restaurante, usando as desculpas: “estou cuidando de você” ou “ele(a) não sabe fazer nada sozinho(a)”.
Você também pode ser o (a) controlador(a) hardcore, aquele(a) que acha que dois viram um e passa a decidir tudo na vida do outro, desde o que irá vestir naquele casamento do qual serão padrinhos, até a melhor aplicação financeira para o dinheiro dele(a).
Normalmente, esses controladores e controladoras têm o irritante hábito de serem consultores: médicos, gerentes de banco, estilistas, cabeleireiros, terapeutas, enfermeiras, nutricionistas, agentes de viagem, dentre outros.
Há uma vasta gama de assuntos em que essas pessoas metem o bedelho, não permitindo que o outro expresse a sua própria opinião. Se você for dessas pessoas, acredite, seu comportamento vai detonar não só o seu namoro, mas suas amizades e até relacionamentos de trabalho também.
4. Você é egoísta
Você tem dificuldade de ceder. As suas escolhas quase sempre precisam prevalecer. Você dá um jeito de ter o que quer. Você esquece de perguntar ao outro o que ele quer. Você pensa mais em você e nos seus próprios interesses.
Você culpa o outro pelos problemas do relacionamento. Você não consegue tirar o olho do próprio umbigo. Voluntariado é um ótimo caminho para começar a trabalhar o altruísmo e diminuir o egoísmo.
5. Você sabota o outro
Veja o cenário. Seu namorado(a) tem sonhos, objetivos, e quer uma pessoa que sonhe junto com ele(a). Que o (a) incentive, inspire, que esteja junto. O tipo de treinador(a) e torcida ao mesmo, entendeu?
Mas o que ele(a) tem? Você. O sabotador(a) de sonhos e potenciais. Uma pessoa negativa, que vive botando o outro pra baixo, que não incentiva, que não tem visão. Todo ser humano precisa de respeito, não tem um que não julgue isso muito importante.
Mas se você o (a) desmerece, não acredita na capacidade dele(a) e, o pior de tudo o que existe neste mundo, demonstra isso em público, sinto lhe dizer que se ele(a) ainda está contigo, ou tem sérios problemas de autoestima ou está ensaiando a saída estratégica.
6.Você não é afetuoso(a)
Toque físico é fundamental para qualquer pessoa, mas você é frio(a). Ou morno(a).
Não tem prazer em trocar carinho. Quando ele(a) o(a) beija, parece estar beijando uma porta. O outro procura suas mãos e elas estão largadas sobre o seu colo, petrificadas no ombro dele(a) ou em qualquer outro lugar que não seja nele(a).
Você também pode ser o contrário, ao invés de porta é cola. Carência lá em cima. Confunde afeto com grude. Para acertar a medida, um exemplo simples: uma planta morre com excesso ou falta de água. Você precisa descobrir o tipo de planta e acertar a frequência de regas.
Descubra o tipo de pessoa que você namora e acerte a frequência de cuidados.
7. Você é desleixado(a) ou vaidoso(a) em excesso
Tudo na vida é moderação.
Se você é o(a) louco(a) da academia ou a(o) sedentária(a) que não sai de casa nunca, ambos comportamentos são destrutivos para sua saúde.
Do mesmo modo, estourar o cartão de crédito todo mês no salão ou não dar atenção às mínimas condições de higiene pessoal são igualmente atitudes bem negativas.
Compreenda que acabar com o namoro é só consequência de acabar com a relação que tem consigo mesmo(a).
Trabalhe a autoestima de forma sadia. Nem exagerando, nem faltando com os cuidados.
8. Você é desocupado(a)
Se você não tem um trabalho ou uma carreira, não gosta de estudar, não tem um hobby pelo qual tem paixão ou uma habilidade que esteja aprimorando, desculpe-me, mas como alguém pode se interessar por você?
Se você não está ocupado(a) com a própria vida, é provável que tenha tempo ocioso para cuidar da vida alheia, então acho que você nem teria um alguém sendo assim.
9. Você é uma montanha-russa emocional
Pode ser que o seu caso seja sério e você tenha algum transtorno, como bipolaridade ou distimia. Neste caso, conviver com você é difícil demais, então não caia no equívoco de pensar que quem o (a) ama deve aceitá-lo(a) como você é porque isso não é justo.
O número de pessoas com transtornos mentais e desequilíbrios emocionais é elevado demais para ser desprezado. Não acredite no preconceito, esclareça. Se você percebe que suas reações afetam seus relacionamentos, procure ajuda. Alguns desequilíbrios são tão arraigados que se confundem com nossa personalidade e você se surpreende, depois de um tratamento, com a pessoa que realmente é, sem o traço destrutivo.
Acredite, aconteceu comigo. Dê a si mesmo(a) essa chance. E ao seu relacionamento também.
10. Você é desleal
Não se trata de infidelidade, mas de lealdade. Você costuma falar mal do(a) seu (sua) namorado(a) para as amigas e pensa estar desabafando. Você pensa mal dele, você denigre a imagem dele em público, você o desmerece na frente dos amigos. Ainda que seja, nas suas palavras, uma brincadeira. Tudo isso é deslealdade. Num time de futebol, um jogador que briga, reclama e fala mal de um colega está sendo desleal.
Numa empresa, falar mal do chefe ou de um colega, ainda que culturalmente aceitável, é deslealdade. Ser desleal é abraçar alguém com uma faca nas mãos, você trai a confiança da pessoa.
Um casal é um time. Vocês jogam do mesmo lado e não contra. Uma hora ele(a) cansa de ser maltratado(a) e cai fora.
A palavra de ordem é moderação. Como sabiamente compreendeu o filósofo Aristóteles, o caminho da moderação é o caminho mais sensato. Nem excesso, nem falta, busque o equilíbrio em tudo e você sairá vitorioso(a)!
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