Li em algum lugar, certa, vez uma frase que me marcou. Dizia assim: “A ansiedade não significa que você é fraco, significa que você foi forte por muito tempo”.
O mesmo vale para a depressão ou qualquer outra situação de vulnerabilidade mental. E falar sobre isso não deveria ser um constrangimento, pelo contrário, precisamos falar sobre isso.
Há um tempo me questiono sobre a causa da minha instabilidade emocional, pesquisei e me identifiquei com os sintomas de ansiedade, fruto da própria rotina estressante, de perdas de parentes próximos e instabilidade financeira, isso no meu caso, mas são inúmeras as possibilidades.
Vivemos em uma sociedade extremamente acelerada, com tecnologia por toda parte, raramente olhamos para o céu e a cada segundo olhamos para a tela do celular, o timing mudou e isso tem gerado problemas emocionais graves.
Não é estranho ouvir alguém próximo relatar um caso de crise de ansiedade, depressão, síndrome do pânico e afins. Encontrei um texto bem interessante do laboratório Pfizer que diz que o Pânico afeta 70% as mulheres entre 15 e 25 anos, ou seja, um dado alarmante, mas uma coisa ainda me deixava em dúvidas. Quais as diferenças entre ansiedade e síndrome do Pânico?
Bom, primeiro é importante entender que uma coisa não exclui a outra. A ansiedade agravada leva ao pânico e com o tempo isso pode culminar em um caso de depressão (se não tratada), uma síndrome está ligada a outra e é preciso intervir nesse ciclo vicioso.
Como mencionado anteriormente, a ansiedade pode ser fruto do próprio estilo de vida que levamos e/ou de fatores socioeconômicos, enfim, cada caso é um caso, mas entenda que o pânico faz parte da essência da ansiedade e a principal diferença entre eles é determinada por dois fatores:
Intensidade e frequência. “Enquanto a ansiedade tem causas mais lógicas e concretas, como um desafio a ser enfrentado ou uma situação delicada que está para ocorrer, a crise de pânico não tem hora nem motivo para começar”. Por isso, é necessário ficar atento aos sinais e começar a tratá-los o quanto antes possível.
Você sabia que existem diversos transtornos de ansiedade, além do mais conhecido que é a síndrome do pânico? Pois é, tome nota:
Estresse Pós-traumático: causado por uma situação como um assalto que ocasiona os sintomas de estresse que podem se estender por dias, meses.
Fobia social: é uma ansiedade intensa diante de situações de desempenho em público ou de interação social, os principais sintomas são tremedeira, suor e ruborização diante de exposição pública.
Transtorno de ansiedade generalizada: ansiedade que insiste em permanecer com atividades comuns do dia a dia. A preocupação acaba sendo desproporcional à realidade e os sintomas afetam à rotina. É como se você soubesse que não precisa ser ansioso naquele momento, mas não consegue controlar o que sente.
Transtorno obsessivo compulsivo: refere-se a obsessões compulsivas e repetidas, por exemplo, lavar as mãos repetidamente, verificar se as portas estão fechadas exaustivamente e etc.
Agorafobia: transtorno de ansiedade no qual a pessoa sente medo e evita lugares ou situações que podem fazer com que ela entre em pânico.
O conhecimento ajuda muito, inclusive para você que passa por alguma dessas questões conseguir se sentir um pouco mais tranquila e levar a vida com mais sutileza. Daí a relevância desse conteúdo.
Posso manifestar aqui apenas meu entendimento superficial, já que não possuo os conhecimentos técnicos, mas como uma mulher ansiosíssima posso sugerir a prática de atividade físicas regularmente, (com indicação médica) (isso ajuda inclusive no sono), alimentar-se bem e ficar perto de pessoas que não o julguem mas que estarão ao seu lado para lhe dar o apoio necessário. Pessoalmente, o contato com animais e crianças sempre me acalma, além do aconchego de algumas pessoas especiais.
E o mais importante: busque um psicólogo. Ele vai ajudá-lo a entender o que se passa aí dentro.
Eu sei que tem horas que parece que você está em um buraco e que falta o ar para respirar, falta luz, falta alegria, mas o dia seguinte sempre vem e com ele uma nova oportunidade para ser feliz e vencer tudo isso.
Não permita que as pessoas digam que o que você sente é frescura, porque só você conhece sua história, tudo que já passou e a força que precisou ter em alguns momentos.
Lembre-se de que sentir-se vulnerável não é sinal de que você é fraco(a)! Muito pelo contrário… você é um baita exemplo, porque a cada dia se supera, a cada dia tenta fazer algo para ajudar as pessoas, sorri mesmo quando quer chorar e só você, seu travesseiro e poucos sabem disso.
Se a situação estiver muito difícil e você tiver uma crise pesada existe algo que pode ser feito. Não é vergonha alguma passar em um psicólogo ou tomar medicamentos se for necessário, a medicina está aí para nos ajudar. Apegue-se ao que lhe faz bem, saia para tomar um ar, escute uma música alta, coma algo bem gostoso e veja um filme. Não deixe de sair por conta dos monstros de sua cabeça, vá em frente, ENFRENTE.
Se você tiver fé em Deus ou no universo ou sei lá em quê…isso também vai ajudar! Faça as suas orações em silêncio, se não tiver dinheiro para pagar a terapia procure um tratamento gratuito, se mesmo assim não der certo, desabafe com alguém de sua confiança. Aquela amiga mais próxima, o seu companheiro ou companheira, seus familiares.
E mais uma coisa, se a pessoa que estiver ao seu lado não entender o seu momento então ela não o ama de verdade e não o merece. Sei que isso pode inclusive afetar as suas relações pessoais, além do trabalho, mas procure olhar para você nesse momento. A sua saúde é valiosa.Você é valioso(a)!
De uma ansiosa para outros(as)! Gostaria que tivessem me dito tudo isso, por isso deixo esse texto para vocês. Agora respire fundo e siga o seu dia!
Com carinho e todo o meu amor.
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