Querer o bem de outra pessoa nunca foi tão difícil e artificial como na atualidade!
Desejar o bem, independente de onde essa pessoa possa chegar ou, até mesmo, aceitar que ela pode chegar muito mais longe do que você próprio, é a tarefa mais difícil para o ser humano nos dias atuais.
É possível desejar o bem de outrem, difícil é admitir que ele seja melhor do que você! Essa competição intrínseca que se origina do inconsciente coletivo, provavelmente herdada dos nossos ancestrais, que desde outrora lutavam para sobreviver, resume a nossa sociedade em um mero “campo de batalha”, na qual cada sorriso é premeditado, cada desejo é bem calculado e não sentido e cada abraço de parabéns esconde a pergunta: como é que ele(a) conseguiu?
É impressionante como as pessoas realmente acreditam que nasceram para brilhar sozinhas e que são, por sua vez, a maior estrela, aquela que ofusca o brilho das outras, e por vezes ainda se perguntam: “existem outras estrelas nessa constelação?!” E a resposta para essa demanda pode estar no universo egoísta que circunda o nosso ego, algumas vezes revestido de inveja.
Sim: INVEJA! Aquele sentimento que é reprovado nos meios sociais e até mesmo no livro sagrado, porém é o pano de fundo responsável por esse canibalismo no mercado de trabalho, nas relações interpessoais e, dependendo do contexto que ele esteja inserido, seja ele familiar, profissional, etc., é o sentimento responsável pela sensação de fracasso e quiçá até seja o responsável mais dissimulado da temida “depressão”.
Quando você sente inveja, bloqueia a sua própria fonte de luz e você só consegue se iluminar através dos holofotes dos outros. Se estabelece no seu subconsciente, o tempo todo, um ranking comparativo e, cada passo que a sua” pessoa parâmetro” consegue dar, é para você um corredor de trevas.
Acorda-se triste, angustiado, sem forças, sem ter motivo nenhum, apenas porque aquela pessoa foi promovida, ganhou um prêmio ou se destacou.
Destarte, se considerarmos que o sentimento que emanamos, somado a toda a energia negativa que enviamos para outrem ou para uma situação, voltará como um reflexo no espelho para nós, podemos concluir que a inveja que sentimos, mais cedo ou mais tarde irá nos prejudicar e, na proporção que você enviou, ela retornará.
- Comportamento: Vovô apaixonado por Lionel Messi chora ao receber a resposta de seu ídolo: “Eu te seguirei até o fim”
O problema é que, como tudo agora é fake, a inveja também se modernizou e está muito bem disfarçada por trás de falsos sorrisos, falsos abraços, falsas mensagens etc. É preciso muita cautela ao compartilhar com os demais o seu sucesso, as suas conquistas, pois infelizmente, não conseguimos detectar, numa rápida leitura da situação, quem são “os lobos” que estão travestidos de “cordeiros”.
É uma situação muito triste, pois se de um lado fugimos da competição diária, das metas inalcançáveis nas empresas, da qualificação profissional sempre insuficiente etc., que atualmente o mercado de trabalho nos impõe, do outro lado nos deparamos com pessoas que nos circundam, batem no seu ombro, até nos dão a mão, mas puxam o nosso tapete. E olhem que o tapete é até previsível!
O negócio é a versão “Matriz” da maldade nos dias atuais, que tenta arrancar até o concreto debaixo dos seus pés!
Dessa maneira, o que nos resta é reforçarmos o nosso aparato espiritual com muita oração, meditação e invocação do amor genuíno, que também é um sentimento congênito, pois aquilo que não conseguimos fazer ou sentir, quando exercitamos muitas vezes, com certeza se firmará.
Isso, certamente, vale também para o amor fraterno, que é o único sentimento capaz de vencer toda essa distorção comportamental.
Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segredo: 123RF / gstockstudio.