Outro dia estava maratonando uma série da Netflix e a fala de uma personagem me fez dar um pause e parar um tempo para refletir e mastigar o conhecimento presente nela.
A frase era mais ou menos assim: “As pessoas não têm poder sobre nós. Nós é que damos poder a elas, você precisa tomar o seu poder de volta.”
Nesse momento de reflexão, juntamente com um sorriso e um pensamento de “isso é tão óbvio, por que não pensei nisso antes?”, essa frase me fez pensar em como, quando e para quem eu dou poder sobre a minha vida.
Já deixei familiares, amigos, namorados e chefes no trabalho terem poder sobre mim, seja sobre que penso, sinto, faço, sobre minhas escolhas e decisões. E isso é muito mais profundo do que imaginamos, pois deixamos pessoas e situações de fora do nosso corpo terem controle sobre tudo o que se passa dentro de nós. Entende a complexidade disso?
Diante disso, vieram-me os seguintes questionamentos:
- “Quantas vezes deixei meus familiares controlarem minhas ações, meus sentimentos, minhas preocupações, minhas crenças e visão de mundo?”
- “Quantas vezes deixei amigos controlarem meus sentimentos e terem poder sobre as minhas decisões?”
- “Quantas vezes deixei namorados e qualquer relacionamento amoroso (sério ou não) ditar como eu deveria ser e o que eu deveria fazer?”
- “Quantas vezes deixei meus chefes do trabalho controlarem minhas preocupações, minhas noites de sono, meu estado emocional/psicológico, minha alegria?”
Em muitas situações e momentos, nós damos poder às pessoas para nos controlar, independente da forma – e muitas vezes as pessoas nem sabem que lhes damos esse poder a elas – geralmente elas nem fazem por mal, no momento podem estar com boas intenções.
Mas como a personagem disse, precisamos tomar o poder de volta. Identificar o que e quem está tendo poder sobre nós, para que possamos refletir se realmente esse poder é benéfico ou maléfico para nós.
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Entender que temos o poder para controlar o que sentimos e fazemos é necessário para tomarmos esse poder de volta, para fazer e sentir o que quisermos, mas uma decisão que venha de nós, não de outras pessoas.
Eu hoje prometo a mim mesma que vou me policiar e não deixar ninguém ter poder sobre mim, porque hoje (e sempre que eu ler esse texto), quero ter na mente e no coração que quem tem que ter controle sobre mim sou eu mesma!
Gostaria de convidá-lo a refletir sobre quem tem poder e controle sobre você e sobre a sua vida?
Direitos autorais da imagem de capa: série “Lúcifer”.