Entenda uma coisa: os muros que você constrói não fazem bem a você.
É fácil exigir a perfeição do outro e dizer que no mundo só tem pessoas que não prestam e não servem para se relacionar.
Focando neste pensamento, toda pessoa que se apresentar a você só verá nelas aquilo que não presta e não lhe serve. As pessoas vão passar a perder o encantamento, e principalmente o direito de evolução e mudança perante seus olhos.
Na maioria das vezes é mais fácil para gente se isolar em mecanismos de defesa, pequenas ilhas e grandes muros. Descobrir o mundo do outro é uma aventura que nos leva sempre a descobrir o nosso próprio mundo.
Por isso é tão difícil, por que não somos verdadeiros com nossos próprios sentimentos e a imagem que temos de nós mesmos. Descobrir o outro sempre faz com que voltemos a nós.
É fácil ficar quieto, sem se aprofundar e construir barreiras.
Qualquer um que se aproximar temos todos os motivos para não deixar entrar, já temos todas as desculpas prontas estaladas como crenças que nos limitam.
Ao qualificar o outro como insuficiente estamos projetando aquilo que nos falta.
Se somos faltosos, logo somos também insuficientes e é doloroso para nós aceitar isso. Por este motivo, nós nos isolamos e deixamos de viver.
Porque viver não tem nada a ver com isso.
Viver é experimentar, mesmo que a experiência nos frustre.
É vivendo, frustrando-se, permitindo-se, que encontramos nossa verdade.
Só assim poderemos acolher e melhor lidar com aquilo que nos falta e projetar uma imagem melhor daquelas pessoas que fazem parte do nosso mundo.
Precisamos permitir que coisas boas e lindas nos aconteçam.
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