As emoções, tão difíceis de controlar, se mal administradas podem causar estragos irreparáveis que podem afetar além do lado pessoal, o profissional. Aí que começa a graça da vida. A busca do equilíbrio.
Amor, paixão, química, posse, saudade, rejeição e apego. Quem nunca vivenciou esses sentimentos, muitas vezes, simultâneos? Apesar de sabermos que um dia já sentimos essas sensações, ainda não se pode descrevê-las. As emoções, tão difíceis de controlar, se mal administradas podem causar estragos irreparáveis que podem afetar além do lado pessoal, o profissional. Aí que começa a graça da vida. A busca do equilíbrio.
Que fique claro: do EQUILÍBRIO e não do parceiro. Esta é a questão mais confusa, pois buscamos um parceiro, mas esquecemos de buscar o equilíbrio que é nosso. Ninguém pode completar as falhas e faltas que mascaramos constantemente. E buscar no outro o que não temos é um ato inconsciente e para torná-lo consciente HAJA autoconhecimento. Autoconhecimento, outra questão tão complexa que somente muita meditação e reflexão são capazes de decifrar.
Bom, voltando ao tema proposto deixo a seguinte questão: É possível racionalizar as emoções ou são áreas que não se cruzam? Equilíbrio é essa racionalização?
Porque o que faz tremer, irrita, incomoda, instiga, causa sudorese, taquicardia é o que marca a nossa lembrança. Penso que tudo é fisiológico, porém evitamos instintos e anulamos sentimentos para que possamos racionalizá-los e nos adaptarmos a uma cultura estereotipada. Esta já pressupõe quem deve ser nosso parceiro, sua idade, emprego e quantos filhos se deve ter. E com isso, perdemos de viver as emoções intensas, nem sempre positivas, mas emoções verdadeiras, pois o medo de ser diferente e não ser aceito na sociedade associado ao temor de sofrer é maior que qualquer instinto. Sociedades mascarando instintos para civilizar o homem. Necessário, mas não taxativo e muito menos obrigatório.
O que é melhor? Cada um deve saber o que melhor lhe serve, se ser solteiro, namorar, casar, ser tudo separado ou tudo junto misturado. Ter um status e seguir mentindo para si mesmo ou ter um status e mentir para os outros, pois na verdade escondido segue os seus próprios instintos?
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Acredito na busca de um equilíbrio de emoções. O status deve ser feliz ou infeliz. Sem receita e sem temor.
Não sou contra relacionamentos e nem casamentos, pelo contrário, eu acho importante para a total realização do ser humano, mas acho que o primeiro relacionamento que tem que dar certo é com nós mesmos. Depois disso, tenho certeza que as chances de qualquer relação dar certo são maiores. Porque não será mais carência, será opção.
Ainda não conseguimos racionalizar nossos sentimentos, mas podemos senti-los e depois pensar sobre eles. O que não se pode é deixar de viver, de mudar, de arriscar e de expressar realmente o que se sente por medo de não ser aceito ou de rótulos. Mostrar sentimentos não é fraqueza, mas é a única maneira de ser plenamente feliz. Como fazer isso?
Não existe um manual, ABNT, normas, isso é de cada um e da sua experiência, criação, etc. E o resto já não importa, como diz a Martha Medeiros: ninguém precisa de restos para viver.
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