Estava eu aqui escutando uma música de “liberdade ou solidão”. Fiquei pensativa sobre o quanto me identificava com ela. O quanto busquei por minha liberdade, por tanto tempo, mas o tanto me encontrei na solidão.
Tantas vezes quis curtir, quis me divertir, ser aquela pessoa durona que não se apaixona por ninguém e que não precisa de ninguém para ser feliz. Mas que no final, eu precisava sim.
Vivi muitas coisas legais, boas, momentos de extrema alegria, de realização pessoal e profissional. Mas tudo nessa vida passa, as coisas boas também. E quando as coisas ruins chegam, precisamos conviver, superar, nos conhecer melhor e entender o que a vida quer de nós.
Não digo que somos totalmente infelizes sozinhos, e nem que só alcançaremos a felicidade plena tendo alguém ao nosso lado. Hoje, pensando bem, acredito que vai muito além desse pensamento.
Acredito que ter alguém ao nosso lado é muito bom, principalmente se há respeito mútuo. É tudo uma questão de equilíbrio. Você pode ser feliz sozinho, mas haverá momentos em que você vai querer alguém ao seu lado, e isso não deve ser algo vergonhoso de ser dito.
Só precisamos admitir que somos seres humanos, que precisamos de carinho, atenção, beijos, abraços e cafuné.
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E em outros momentos precisaremos ter nosso espaço, chorarmos um pouco, ficarmos sozinhos, mas não por uma eternidade, como disse… por instantes… momentos.
Precisamos entender que não nascemos para sermos robôs. Somos feitos de carne, osso e espírito. Precisamos de mais, precisamos nos sentir vivos e úteis. Precisamos respeitar e ser respeitados. Precisamos nos sentir valorizados e amados, mas também devemos ser sinceros, amar e valorizar o outro também.
Precisamos entender que vergonha é negar o que a gente quer, o que a gente sente e precisa. Vergonhoso é viver uma vida de aparências, de sorrisos nas fotos e de choros escondidos, de histórias para se gabar, mas de coração partido.
Precisamos ser sinceros com o outro, com nós mesmos e com o mundo. Vergonha é se esconder debaixo de uma máscara de teatro e negar o que está tão óbvio.
Precisamos de alguém, mesmo que por um tempo determinado. Precisamos deixar acontecer, quando gostamos, e deixar o tempo decidir o que será. Liberdade não deve ser sinônimo de solidão.
A liberdade deve vir junto à alegria, a algo saudável fisicamente e psicologicamente, e pode sim ser compartilhada com outras pessoas, basta darmos espaço.
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