De acordo com dados divulgados pelo IBGE, existem cerca de 13,4 milhões de pessoas desempregadas no Brasil.
É um número muito grande de pessoas que não estão trabalhando com carteira assinada e não possuem os seus direitos trabalhistas.
No entanto, como não podem ficar sem renda, muitas encontram maneiras alternativas de continuar ganhando seu dinheiro para que possam sobreviver.
E uma das alternativas mais comuns é o trabalho informal, como o de vendedor ambulante.
Esse tipo de trabalho não é muito bem aceito pelo poder público, e quando a fiscalização encontra essas pessoas, simplesmente recolhe todas as suas mercadorias e as deixa sem uma maneira de conseguir o seu sustento. Essa é uma situação muito complicada mas, vez por outra, essas pessoas podem contar com o apoio da população, que se identifica com suas dificuldades e encontra uma forma de ajudá-las.
Um caso especial de apoio da população aconteceu em Montes Claros (Minas Gerais). Leonardo, que está desempregado desde que voltou de São Paulo, vive com sua esposa em um barracão alugado, pelo qual paga R$ 350,00 por mês.
Um dia, ele foi para uma praça para vender salgados e sucos feitos por ele e sua mulher, e foi flagrado pelos fiscais, mas antes que estes pudessem confiscar os produtos, a população que estava por perto comprou toda a mercadoria de Leonardo, para que ele não ficasse no prejuízo. Foi um momento de muita comoção para o vendedor.
- Pessoas inspiradoras: Professora que superou 5 tumores vence novo câncer e comemora
Confira no vídeo abaixo!
Só precisava de R$ 100
De acordo com o que foi divulgado pelo G1, que conversou com Leonardo, ele não vendia seus produtos todos os dias, mas como precisava comprar um botijão de gás, encontrou na venda dos salgados e sucos a oportunidade para conseguir o dinheiro necessário.
“Fui somente com a intenção de fazer R$ 100 para comprar o gás e uma feirinha para casa. Com a abordagem dos fiscais, eu comecei a distribuir os salgados e sucos, mas a população não quis e começou a me pagar. Graças a Deus, consegui o dinheiro de que precisava”, contou
- Pessoas inspiradoras: Alunos arrecadam R$ 130 mil para realizar sonho de vigia de visitar família na Nigéria após 11 anos
Leonardo, e continuou:
Se eu tivesse dinheiro, eu teria minha padaria. Como não tenho dinheiro, tenho que ir para a rua e vender meus produtos. Tenho que pagar meu aluguel, tenho minha feira, água, luz. Se eu não pagar, quem vai pagar por mim? Já aconteceu de eu ficar, com minha esposa, até as 2h da manhã produzindo os salgados para poder vender.
Em outro vídeo, gravado por Wagner Ribeiro, que estava no local, é possível ver os salgados e sucos sendo vendidos rapidamente entre a população.
Um grande exemplo aprendemos com eles: olhar com mais consideração para o outro.
Compartilhe este caso em suas redes sociais!
Direitos autorais da imagem de capa: reprodução Facebook.