A ansiedade é sua aliada, não sua inimiga.
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A ansiedade está entre as questões intrínsecas que temos como seres humanos. Assim como o medo, a insegurança, reações instintivas que possuem uma tarefa em nosso sistema. Seja para nos alertar de algum perigo, seja para nos impulsionar a agir.
O problema é que transformamos a ansiedade em uma doença, por não sabermos lidar com ela, por deixar que ela alcance níveis estratosféricos, a ponto de nos transformarmos em doentes.
Mas a ansiedade não é uma inimiga, muito pelo contrário. Sim, isso mesmo que você leu. Muitos dos desequilíbrios e dificuldades que temos, se olhados sob outro prisma, revelam ser partes importantes de nós mesmos que nos colocam no caminho da nossa evolução.
E por falar em evolução, para quem a busca, a ansiedade se torna uma companheira de jornada. Isso porque quando nos conscientizamos em querer mudar, sermos pessoas melhores, evoluir espiritualmente, muitas vezes nos deparamos com a ansiedade cada vez maior. “Mas como posso sentir tanta ansiedade ainda, se estou evoluindo?”, nos questionamos.
E é aí que entra uma chave muito importante para que possamos desmistificar a ansiedade: aprender a lidar com ela, olhando para ela como uma amiga, uma aliada e não uma doença, uma inimiga.
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Tudo o que sentimos serve para nos ensinar algo e não está ali para ser banido, evitado, amortecido. E é isso que muitas vezes as pessoas buscam: não querem sentir os desconfortos do crescimento e passam a adormecer importantes traços que trazem em sua personalidade e que precisam ser trabalhados, entendidos, desbravados. Só assim nos conhecemos e evoluímos.
Como a grande Monja Coen trouxe em um de seus materiais:
“Sinta ansiedade para ser um ser melhor. Para ter projetos inteligentes que melhoram a vida de todos os seres. Eu reconheço a minha ansiedade e irei usá-la de forma que seja benéfica para minha saúde e para as pessoas que estão a minha volta.”
Ela foi extremamente feliz quando lançou luz sobre a ansiedade. Uma vez que queremos ser melhores, almejamos não ficarmos parados, estagnados, na zona de conforto, a ansiedade nos mostra que estamos justamente nesse caminho de transformação. Mas somente se estivermos conscientes disso: sabemos que já melhoramos, mas ainda há muito a melhorar. E aí a ansiedade brota. Ou melhor, nunca cessa.
Mas a ansiedade como um desequilíbrio tem origem em erros que cometemos, dentre eles, uma falta de conexão com algo maior, com um conhecimento que nos ajuda a entender melhor a vida.
A ansiedade nos dilacera quando estamos desconectados, também, de nós mesmos.
Por não nos conhecermos, buscamos aprovação, comparamo-nos com tudo e todos, preocupamo-nos em julgar, classificar, controlar. Queremos ser alguém, queremos ser como milhares de pessoas, menos como nós mesmos. E a alma se entristece por isso. Por essa deslealdade que cultivamos dentro de nós: queremos ser tudo, menos nós mesmos.
E, assim, ansiedade nenhuma serve a seu propósito, transformando-se em algo extremamente maléfico.
Porém, estou aqui para lhe convidar a encará-la de outra maneira. Tudo pode ser ressignificado e enxergado sob outra perspectiva.
Para que a ansiedade possa ser melhor trabalhada em nossa vida, encarada como algo a nosso favor, alguns passos são importantes. Entre eles:
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1. Viva mais o hoje
A ansiedade vem muito de vivermos sempre no futuro, no amanhã. E quando não vivemos o hoje, é difícil cultivarmos a gratidão e percebermos todos os aprendizados por trás de tudo que passamos. Quando não estamos presentes, cometemos muitos erros. E nesses erros vem a frustração. E a frustração potencializa a ansiedade. Quando a ansiedade assolar, pare um pouco, respire fundo e mentalize: só por hoje, amanhã não sei. Mas hoje, serei mais calmo e farei o que precisa ser feito.
2. Conheça-se
Como eu disse, a ansiedade surge muito de uma falta de conexão com nós mesmos. Ou seja, quando não nos conhecemos, não sabemos por que pensamos e sentimos de determinadas maneiras. Quando nos compreendemos, passamos a lidar melhor com nossas questões. E, assim, a ansiedade serve ao seu propósito: coloca-nos no caminho de buscadores.
3. Busque uma conexão
Mas, para que possamos nos conhecer, é preciso buscarmos práticas de conexão com algo maior. Não necessariamente uma religião, mas algo que nos proporcione momentos de amparo espiritual. Meditação, terapias alternativas, contato com a natureza, e por aí vai. Quando nos conectamos com o Universo e sentimos que não estamos sozinhos, que há algo muito mais grandioso do que os problemas pelos quais passamos, sentimo-nos mais calmos. Amparo e equilíbrio são cruciais para a ansiedade.
4. Cuide de você
A ansiedade vira aquele “monstro” no peito, por um motivo bem importante: o quanto estamos nos cuidando? Sim, é preciso cultivarmos práticas que nos fazem bem: reservar momentos de lazer, estar com pessoas que amamos, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação mais natural… mas também não levar tudo tão a sério, extrapolar de vez em quando, fazer aquela maratona de séries, “enfiar o pé na jaca” e rir, rir muito, afinal, somos seres humanos! O meu mantra diário é: Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Relativizar é vital para a nossa sanidade.
5. Dê um passo de cada vez
Não é preciso fazer tudo, tudo que almejamos ao mesmo tempo. Uma mudança, uma melhora de cada vez. Até por que precisamos saborear e comemorar nossas pequenas vitórias. Um passo de cada vez: vai por mim, você merece!
Toda a nossa vida é definida pela maneira com que a enxergamos. Qualquer situação pode ser transformada quando decidimos interpretar de outra forma.
Quando sentimos ansiedade, parece que temos “borboletas no estômago”, não é? São borboletas saindo do seu casulo, em total demonstração da nossa natureza em constante transformação.
Acima de tudo, acalme-se: você está fazendo o seu melhor. Tudo o que você sente serve como um aliado de evolução, caso contrário não estaríamos aqui. Basta você decidir!
Direitos autorais da imagem de capa: wallhere.com / 601120