Uma das brincadeiras mais tradicionais das crianças, e que permanece viva mesmo na geração tecnológica em que vivemos, é pular corda.
Sozinhos, com amigos, rápido ou devagar, cantando músicas ou em silêncio, pular corda é sempre muito divertido.
Você, provavelmente, pulou corda muitas vezes durante a sua infância ou pula até hoje, mas no que muitos de nós não paramos para pensar é que muitas crianças não têm essa oportunidade, pois suas limitações físicas podem tornar a brincadeira impraticável, a menos que contem com a ajuda de outras pessoas.
Foi isso o que aconteceu com Heitor, de 7 anos, que é cadeirante. O menino sempre viu seus amigos se divertindo com a corda e quis participar, mas esse parecia um desejo muito distante da sua realidade, até o dia em que seu professor de educação física teve uma atitude muito especial que mudou o seu dia.
João Hoffmann é professor de educação física na escola em que Heitor estuda, Sítio I, em Taubaté (SP). Durante uma de suas aulas, os alunos estavam em um período livre para escolher suas brincadeiras, e Heitor viu um grupo pulando corda e pediu para participar da brincadeira também.
“Tento sempre trabalhar de maneira que ele possa ser incluído, para a turma também não colocar limitações para ele. É uma criança com deficiência, mas queria que tivesse aquele momento. Foi um gesto simples, mas que eu sei que para ele fez diferença”, disse o professor.
A cena tão especial foi gravada por outro professor e postada no Facebook, mas João confessa que não imaginava que o vídeo atingiria tantas pessoas. João também disse que desde que começou a lecionar para a turma de Heitor, no início deste ano, aplica atividades que ensinam ao restante da turma a importância da inclusão. Ele aplica brincadeiras adaptadas, inclusive, em outro vídeo, o professor aparece brincando de pega-pega com o aluno nas costas.
A mãe de Heitor, Natália Nascimento, disse que é muito difícil encontrar profissionais que estejam verdadeiramente preparados para lidar com crianças com deficiência, e que a atitude de João mudou a experiência de Heitor com a educação física:`“A aula de educação física sempre foi uma aula que não era tão divertida, os professores acabavam deixando para lá porque ele é deficiente e não tinha como incluir. Agora está sendo muito diferente. Os dias preferidos dele são terça e quinta, quando acontecem as aulas de educação física. O trabalho que o João faz é incrível”, explicou Natália.
“Não há dinheiro que pague ver o mundo de uma criança ficar maior.”
Para o professor, trabalhar com as crianças é uma grande sorte e oportunidade de contribuir para um futuro melhor para todas elas. “Fiquei apaixonado pelo trabalho com as crianças pelo poder transformador que a educação tem, e me esforço para dar o melhor, porque eu sei que meu trabalho pode impactar a vida delas para sempre. Não há dinheiro que pague ver o mundo de uma criança ficar maior.”
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Atitudes como essa nos deixam sem palavras, é tanta empatia, dedicação e amor que nosso coração fica quentinho e a nossa esperança na humanidade renovada.
Lindo demais, não é? Compartilhe esta linda atitude com seus amigos!
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