Manter distância não significa que não gostamos mais do outro, significa que, antes de tudo, amamos a nós mesmos.
A única pessoa que cada um pode mudar é a si mesmo. Temos a opção de desenvolver aquilo que é considerado um ponto a melhorar em nós. Esforçamo-nos e com dedicação aperfeiçoamos o nosso comportamento. Só não podemos mudar as outras pessoas, o máximo que conseguimos fazer pelos outros é inspirar, orientar e alertar, todavia, a escolha de cada um continua sendo individual.
Conviver com outras pessoas pode não ser uma tarefa fácil, mas é muito bom quando há equilíbrio nas relações e, para haver equilíbrio, é importante respeito mútuo e cordialidade.
Porém, essa troca nem sempre acontece quando lidamos com pessoas tóxicas. É importante percebermos que as pessoas manifestam a sua dor por meio de comportamentos agressivos; há algo no seu íntimo que ainda não foi curado.
Muitas pessoas nem sequer têm consciência de que algo precisa ser feito, resolvido internamente.
A toxicidade, por sua vez, acaba por ser projetada para o exterior nos outros e no mundo. Aqueles que já entenderam a dor no âmago de uma pessoa tóxica geralmente tendem a ser mais empáticos. Infelizmente, neste mundo dual, a empatia, muitas vezes, é vista como alguém fazendo o famoso “papel de trouxa”, por isso pessoas empáticas acabam sofrendo mais que o normal e, muitas vezes, lidar com pessoas tóxicas torna a rotina pesada.
Pessoas tóxicas carregam consigo comportamentos de arrogância, prepotência, vitimismo, manipulação, fofoca, inveja, mentiras, são controladoras e sem caráter. Infelizmente, essas toxinas podem estar em qualquer lugar, seja no trabalho, na escola/faculdade ou até mesmo dentro da família e no círculo de amizades.
Quando essas energias ruins são direcionadas para nós, a sensação é a de sermos sugados. Por isso, devemos prestar bastante atenção aos sinais, além de nos blindar para não cair nos jogos de uma pessoa tóxica, isso é fundamental.
Por mais que queiramos bem, muitas vezes, o melhor que fazemos para nós mesmos é nos afastar delas.
Quando a nossa saúde é afetada por isso, cabe a nós escolhermos tentar nos equilibrar na corda bamba da instabilidade emocional daquela pessoa ou manter certa distância dela, para nos fortalecer.
Manter distância não significa que não gostamos mais do outro, muito pelo contrário, significa que, primeiro, amamos a nós mesmos, acolhemo-nos e nos purificamos da nuvem cinza que antes cobria nossa cabeça para depois olharmos para o outro.
Olhar para o outro significa, mais do que tudo, emanar vibrações positivas para que aquela pessoa tóxica um dia saia daquele ecossistema carregado, pedir que o Papai do Céu, que sabe de todas as coisas, proteja-a, e tratá-la bem sempre que a encontrar, mesmo que por acaso.
Entenda que o mundo como vemos é um reflexo da própria percepção, exatamente por isso a vida para alguns é bela e para outros, não. Então, nenhuma ofensa vinda de uma pessoa tóxica proferida contra você foi de fato para você. Entende? Geralmente, esses deslizes são oriundos das próprias insatisfações mal resolvidas. A batalha ali é interna. Nessas horas, ter compaixão é essencial. Exercer essa tarefa não é fácil, mas é possível.
Quanto mais sementinhas de amor espalharmos por aí, mais multiplicarão as chances de florescermos no mundo.
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