O amor é o mais lindo sentimento que há. Tudo estará perfeito contanto que não nos tornemos viciados na pessoa que amamos.
Ser viciado numa pessoa não quer dizer que a amemos. Não saber onde termina o nosso espaço para invadir o do outro através de infinitas requisições e solicitações, não é amor. É dependência emocional. É não saber viver sozinho. É não saber ficar um segundo longe da pessoa.
Podemos desenvolver essa dependência emocional, quando acabamos por valorizar demais o outro, esquecendo de nós mesmos.
Afinal, só damos valor ao que fica em nossa mente. Se esquecemos de nós, é porque não nos damos valor e, se não nos damos valor, é porque estamos sempre com outra pessoa mais tempo nos nossos pensamentos do que nós mesmos.
Essa “dependência química”, como qualquer outra, causa crise de abstinência, que só é saciada quando a “droga” (a pessoa amada), está ao lado. Isso demonstra que, o que sentimos pelo outro, é uma atração que será sempre perniciosa, mesmo que tenhamos a reciprocidade do sentimento, pois, como todo vício, nunca é saciado. Se tivermos a companhia física da pessoa por duas horas, vamos querer por um dia. Se a tivermos por um dia, vamos querer por uma semana e assim por diante.
Relacionarmo-nos com alguém, sentindo esse tipo de necessidade, suga a energia dessa pessoa como se fôssemos vampiros. E, ao invés de termos o afeto natural, teremos um escravo sem autonomia, pois a nossa vítima não pode dar um passo sequer que já estamos cercados pela obsessão, insegurança, dúvidas e ciúmes doentios.
Ao olharmos friamente para o espelho da nossa alma, tentando analisar nossos sentimentos, descobriremos que isso tem origem, frequentemente, em uma visão de menos valia sobre nós mesmos, cabendo-nos refletir sobre quando e onde essa baixa autoestima começou e tentarmos superá-la, compreendendo que temos valor. Nascemos com ele!
Ninguém nasce inseguro. Tornamo-nos por influência de fatores externos como criação, abandono ou a sensação dele, rejeição e tantas outras razões que variam de pessoa para pessoa.
Precisamos ter em mente que temos valor por quem somos, não importando o que pensam a nosso respeito. Se alguém deixou de lhe dar valor algum dia em sua vida, entenda que ninguém pode dar o que não tem. Essa pessoa, com certeza, tinha problemas de baixa autoestima.
Você é um indivíduo dotado do bem e do amor a que fomos destinados. Se alguém deixou de notar isso, o problema não é seu. Você tem valor só por existir! Isso já basta!
Lembre-se de existir, primeiramente, para você.
Quando você se tornar visível no espelho, então todos conseguirão enxergá-lo também e, com isso, nunca mais você terá necessidade de uma pessoa, apenas a amará.
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