A felicidade vai chegar, sim, mas só quando você estiver ocupado demais pra se preocupar com ela. Ela adora fazer surpresas!
Quer ser feliz? Não tente ser feliz! Contradição que não se explica, que dispensa qualquer lógica simplesmente porque felicidade não é uma ciência exata. Felicidade a gente deseja, vive, propaga. Sim, passa adiante, porque não tem como ser feliz, se a gente é incapaz de iluminar o outro com o brilho do nosso sorriso, se não consegue dividir o que tem.
Mas a felicidade é como uma borboleta, que só vai pousar em você, se estiver tranquilo e distraído.
Ela não gosta de pessoas possessivas e controladoras, que correm atrás dela a todo custo, querendo prendê-la a si, aprisiona-la como refém. Ela gosta de chegar por conta própria, onde sente que será bem-vinda, e mais, bem vivida. Ela quer gente relaxada, que rir de si, que sabe que os problemas fazem parte da vida e que se a gente esperar só os dias de sol para sorrir vai desperdiçar o presente mais valioso que recebemos ainda em nossa concepção: a vida!
A felicidade gosta de gente que se preocupa pouco ou que não se preocupa nada, que valoriza a simplicidade, que sabe que o livro da vida é escrito a cada momento singelo.
Se você estuda pra ser feliz ao se formar, vai trocar anos de felicidade por um momento único cuja euforia vai durar até a procura por emprego, quando então sua concepção do “ser feliz” se transformará em ter emprego e desse jeito ela será sempre como o horizonte que quanto mais perto a gente chega, mais se distancia.
Mas se você se ocupa dedicando-se aos estudos, permite-se fazer novas amizades, vivenciar intensamente as viagens acadêmicas, em vez de reclamar o tempo todo das noites de sono perdidas estudando, das matérias mais difíceis, dos professores eventualmente desinteressados, a felicidade estará presente na sua jornada e você estará tão ocupado vivendo cada instante, que o ápice vai chegar, sem que você sofra com uma espera desnecessariamente dolorosa.
As horas não passam quando você vigia o relógio. O tempo transcorre, corre e muitas vezes voa quando você está distraído demais vivendo os instantes da sua existência, sem peso, sem pressa, sem sufocar-se com o fardo da ansiedade de que há um tempo certo pra ser feliz e se ele passar a oportunidade de encontrar a felicidade também terá passado… Que o carro tem de vir aos 18, casamento aos 25 e filho aos 30…
Há tempo, sim, para tudo, mas não é a gente quem determina. A gente não encontra o dia da felicidade marcado em um calendário como se fosse um feriado nacional, e imagina se fosse.
Se você pudesse ser feliz só nos dias marcados em vermelho na folhinha. Quanto desperdício de vida!
Se seu sonho maior ainda não aconteceu, viva cada etapa do processo, aprendendo com as dores, usufruindo das doces sutilezas e quando menos esperar, o seu grande esperado terá chegado e vai encontrá-lo relaxado, leve e pronto para viver o seu milagre até a última gota.
Portanto, distraia-se, porque a felicidade já já pousa em seu ombro!
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