Quem não conhece a si mesmo, não sabe de sua fortaleza, do tesouro e riquezas que possui para explorar.
Todos nós tentamos entender qual a nossa natureza, quem realmente somos, qual o nosso propósito neste mundo. Através do autoconhecimento conseguimos identificar melhor esse perfil, entender os porquês e para quês desta jornada.
Conhecendo nosso interior encontraremos o sentido de nossa vida, evitaremos situações embaraçosas, conflitantes, por falta de entendimento do que nos convém, má conduta, impaciência decorrente de nossa ignorância e péssimas escolhas.
Para que as coisas fluam à nossa volta é preciso estar em sintonia correspondente, conhecer nossas fraquezas, repousar no eu consciente, reformatar, melhorar o que for necessário, o convívio, o astral, a energia. Gostar de si mesmo, aceitar-se para conseguir amar os outros, querer-se bem para querer bem aos outros, desenvolver grandes feitos, produzir ordem, equilíbrio, felicidade.
Se não estamos bem, é impossível gerar harmonia, reciprocidade, retorno. Quem não se conhece, rejeita a si mesmo e se perde, compara, empobrece.
Observemos nossos comportamentos, desde o mais simples ao mais influente, as palavras, sentimentos, relações, atividades. Sabe-se que através do amor manifestamos carinho, acolhimento, paz, gratidão. Recebemos o que semeamos, servir sem olhar a quem, sem esperar retorno de ninguém, para merecer o que vem.
Conhecer a si mesmo é abrir mão de manias, vaidades, mudar a forma de pensar, sair do comodismo, do piloto automático, marcar encontrar com o acaso, navegar em alto mar. É isso mesmo, pois nada vem de graça, fácil. Tem que esforçar, fazer por onde, virar-se do avesso, do direito ou ao quadrado. Para se estabelecer tem que interrogar as profundezas, dar espaço ao verdadeiro, abrir parênteses, enxergar suas potencialidades, dons, valores, viver na real, por amor suportar, resistir.
Quem não conhece a si mesmo não sabe de sua fortaleza, do tesouro e riquezas que possui para explorar. Pior de tudo isso é viver desregrado, sem objetivos, na linha da ilusão negando a si próprio, jogando sujeira debaixo do tapete.
Há muito o que se pensar, refletir, perguntar: que tiro foi esse, quem vai arrumar a bagunça, limpar a lambança, desfazer o mal feito, reconstituir, cuidar?
Não somos perfeitos, mas podemos melhorar. Quando eu me amo, eu me reconheço, sei quem sou, o que tenho de bom, deixo de ser covarde, dependente, ignorado.
O egoísmo é uma situação errônea que só favorece seu prato, seu salário, seu interesse, suas posses, preocupado em ter. É preciso respeitar prioridades, opiniões particulares de cada um, mas nada impede que a gente viva em comunhão, respeitando os limites uns dos outros, partilhando, através do cuidado interno completando o externo.
Dentro de todos nós há uma força excepcional, paradoxal, ecumênica, que não é provisória, é eterna, possui luz própria. Só sabe o que é amor verdadeiro quem é transparente, consciente, bondoso, amigo.
Cabe a nós viver com responsabilidade, intensidade, o maior presente que recebemos: o direito ao livre-arbítrio, a uma vida plena, justa, onde o amor quer fazer morada e perpetuar.
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