Em cada um de nós, existe a prisão e a liberdade.
Essa prisão é desprovida de paredes, teto, grades e portas mas, mesmo assim, costumamos insistir em nela permanecer pelo receio da reprovação alheia.
O crime cometido é o não processamento, o não entendimento e a não aceitação dos nossos próprios sentimentos e emoções, que acabam sendo trancados dentro dessa cela ilusória. Tornamo-nos reféns de nós mesmos. A sentença é a infelicidade.
Quando percebemos nossas emoções e conseguimos transformar aquilo que sentimos em palavras e gestos construtivos, ponderados pelo respeito, pelo caráter e pela ética, atingimos a plenitude e decretamos o nosso próprio alvará de soltura.
Temos a tendência de pensar que o nosso ponto de vista é sempre absoluto e, o do outro, relativo, o que, comumente, gera desentendimentos e conflitos.
Contudo, quando compreendemos que absoluto e relativo se completam, as discussões movidas a orgulho perdem o sentido.
Esse é um bom momento para refletir… onde o nosso “eu” tem vivido mais: na prisão ou na liberdade?
Quando alimentamos o ódio, o rancor, a vingança, o ciúme, a inveja, a ignorância, as ofensas, estamos vivendo no inferno. Afundamos na lama; predominam a escuridão e as trevas. Sofremos e somos capazes de causar sofrimento àqueles que nos rodeiam.
Quando alimentamos o amor, a compreensão, a gratidão, a sabedoria, a ternura, a tolerância, a compaixão, estamos vivendo no céu. Iluminamos a escuridão com nosso brilho e recuperamos a dádiva de apreciar a vida. Da lama, brota a flor de lótus. Alegramo-nos e somos capazes de compartilhar coisas boas. Esse é um bom momento para refletir… onde o nosso “eu” tem vivido mais: no céu ou no inferno?
O verdadeiro amigo é aquele que nos oferece paz, confiança, respeito, aceitação e compreensão, sem julgamentos, sem segredos, sem rodeios nem recalques.
O verdadeiro amigo nunca desiste da gente, fala verdades na nossa cara e nos defende, quando não estamos presentes.
O escritor, filósofo e poeta estadunidense Ralph Waldo Emerson sabiamente disse: “A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.”
Aqui faço uma analogia: é indiscutivelmente maravilhoso ter amigos, mas você consegue perceber o quanto é importante também aprender a estabelecer uma relação de amizade consigo mesmo? Você anda percebendo-se, entendendo-se, acolhendo-se, respeitando-se, perdoando-se, restaurando-se?
Seja também seu próprio amigo e jamais desista de si mesmo!
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