Mágoa, ressentimento, rancor, culpa, medo e tantos outros sentimentos similares fazem parte da vida de, praticamente, todos os seres humanos. Mas, afinal, que lógica há em ficar preso a um passado que já não volta mais?
Quando encontramos alguém que nos feriu, por exemplo, insistimos em ficar relembrando sobre como nosso coração derramou lágrimas de tristeza e decepção naquele dia.
Quando encontramos um novo amor, insistimos em ficar remoendo os acontecimentos passados, e projetamos no outro toda a desconfiança que nós ainda sentimos por não termos superado as frustrações causadas por outro alguém.
E assim, deixamos de viver histórias lindas, reencontros, que mudariam para melhor a nossa saúde física e mental, e perdemos oportunidades lindas de renascer.
E como, talvez você esteja se perguntando, poderíamos superar a dor de ter encontrado alguém capaz de nos humilhar, maltratar, trair?
Eu lhe respondo, apesar de ter certeza absoluta de que você seria capaz de encontrar essa resposta aí mesmo, dentro de seu coração. Respondo-lhe dizendo que toda forma de ataque não é nada mais do que um pedido de amor.
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Quando nos atacam com palavras ríspidas, julgamentos, cobranças excessivas, na verdade, essas mesmas pessoas estão sofrendo com uma autocobrança sem precedentes.
Aprender a olhar para o outro com a certeza de que ele (ou ela) está, assim como nós, procurando única e exclusivamente ser feliz, compreendemos o sofrimento do próximo, compreendemos a sua verdade por trás daquela máscara tão autoritária.
O segredo, talvez, esteja em aprender a enxergar além dessa máscara, capaz de transparecer um sorriso que, na verdade, está mais para desespero. Ou uma lágrima que, muito diferente de fraqueza, traduz um pedido de socorro. Ou, quem sabe, aquela implicância desmedida que nada mais é do que um pedido de atenção.
Compreender o outro é também uma forma de amar e, eu arrisco dizer, a maneira mais bela de se dizer eu te amo a alguém.
Aceitar o outro com todas as suas limitações, entretanto, não é ter que conviver com ele (ou ela), se suas atitudes ferem a sua liberdade de ser a sua melhor versão, se ferem a sua dignidade.
Mas, significa, sim, entender o que está por trás de toda aquela amargura e, com todo o amor que existe dentro de você, ser capaz de decidir se deseja que essa pessoa faça parte da sua vida, ou não, e seguir, assim, sua vida com o coração leve e a alma alegre por estar vivendo a sua essência perfeita
Porque, afinal, nós nascemos para transmitir o amor que nos habita e nada do que difere disso pode nos trazer a felicidade que tanto almejamos.
Que você seja capaz de amar o próximo como a si mesmo, nem mais, nem menos, mas de uma forma que o eleve e o leve a viver uma vida que verdadeiramente vale a pena ser vivida.
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