Respire fundo! A vida dura um tempo curto demais para esperar o fim de semana chegar. Amanhã pode até ser sexta, sábado ou domingo, mas você só tem o hoje nas mãos.
Jogue bola na segunda, saia para comprar bolinhos recheados de doce de leite na terça, plante flores no jardim central na quarta. Na quinta, dá tempo de papear com os amigos bebendo um suco fresquinho ou uma cervejinha gelada.
Na sexta, saindo do trabalho, dê um pulo no cinema e assista ao lançamento com a pipoca no colo. No sábado, caminhe pelo parque, pela praça ou pela rua. Ande de bicicleta fazendo manobras pelas calçadas vazias de quem dormiu até o sol esquentar o chão.
No domingo, deixe a alma acordar o corpo somente quando o cansaço estiver descansado. Viver não cabe só no fim de semana!
Na segunda, entre uma reunião e outra, planeje um jantar com seu amor ou com suas amigas.
Na terça, vá visitar seus avós, eles podem não aguentar de saudades até o domingo chegar. Na quarta, esqueça os problemas de dinheiro e vá ler um livro enquanto o sol se põe. Não custa nada ser feliz, a gente que encarece as coisas botando papel e relógio no meio de tudo.
Na quinta, largue um pouco a burocracia do escritório e, bem no meio do expediente, vá ver a vista da janela segurando uma xícara de chá quentinho e reconfortante.
Respire fundo! A vida dura um tempo curto demais para esperar o fim de semana chegar.
Na sexta, assista ao filme favorito das crianças outra vez e dê risada alta mesmo já sabendo tudo o que está por vir. E depois brinque de massinha, de amarelinha, de esconde-esconde e de fazer biscoitos com canela na cozinha. A sujeira a gente deixa para limpar amanhã, mas não deixe que adiem sua vida.
No sábado, jogue futebol com os vizinhos na rua ou vá almoçar fora ou faça uma salada com molho especial, segredo de família.
No domingo, acorde bem cedo e vá passear, cheire as flores, sinta o ar morninho do dia que acaba de nascer, toque o orvalho, molhe o rosto com suor de quem corre atrás de ser feliz.
Cada dia um pouquinho, às vezes rápido e às vezes bem devagarinho, mas corra. Ou caminhe. Ou peça carona. Ou vá de Uber. Faz bem sair da rotina, faz bem dançar sozinho, faz bem cantar no chuveiro, faz bem dormir no sofá, faz bem rir alto sem se preocupar com o amanhã.
Amanhã pode até ser sexta, sábado ou domingo, mas você só tem o hoje nas mãos.
A vida não se resume em vender tempo e comprar coisas. A vida pede uma aventura por dia, um sorriso por hora, uns ombros amigos que segurem a gente quando a gente cai e assim a gente vai sendo mais gente do que máquina.
Ser feliz não é produzir mais, comprar mais, consumir mais, postar mais fotos no Instagram. Viver é aquilo que acontece quando a gente esquece o preço e lembra o valor! É o milagre de piscar para o céu e enxergar uma estrela piscando de volta. E isso não depende de calendário. Depende da gente. Dos olhos da gente. Mas não dos olhos do rosto da gente. Dos olhos do coração da gente.
E os olhos do coração não sabem ver as horas, não sabem contar os anos, não sabem esperar o fim de semana. Aliás, que dia é hoje? Nem sei…
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