Você sofre esperando que as pessoas retribuam os favores que você fez ou faz para elas?
Se a resposta for “sim”, você não sabe a diferença entre dar e emprestar, mas compreender isso pode deixar os seus dias muito mais leves.
É muito comum pessoas nos pedirem ajuda, conselhos, dinheiro emprestado, e acontece ainda de escolhermos amar alguém, doando-lhes tudo o que temos. Então, cedemos a pressões e, contra a nossa vontade, realizamos os desejos alheios. Até aí, tudo bem, pois, se você concorda e faz o que lhe pedem e não espera nada em troca, está tudo certo.
Está tudo registrado
Mas, normalmente, não é isso o que acontece. Inconscientemente, registramos num caderninho interno tudo o que fazemos para os outros e ficamos esperando o dia em que seremos recompensados pelo que fizemos ou algo nos será pago. Esperamos que as pessoas se sintam mais recíprocas conosco e agradecidas por nossa boa ação. Infelizmente, nem sempre isso ocorre, e ficamos remoendo o fato, superchateados com a suposta ingratidão dessas pessoas, isso porque criamos expectativas indevidas.
Quando eu aprendi a diferença entre dar e emprestar, eu passei a ter melhor consciência dos meus atos e com isso aprendi também a identificar para quem doar meu tempo, meu dinheiro, meus sentimentos e o que de fato eu queria receber em troca.
O poder do não e do limite
E, como fazer isso? É simples. Você precisa estabelecer limites, aprender a dizer não. É preciso saber que, se está dando algo, não deve nunca esperar nada em troca; se está emprestando, deve deixar claro para o outro como e quando você quer receber o bem de volta. Isso vale para todas as situações, desde doação/empréstimo de objetos, como para as relações familiares e amorosas. No âmbito das relações amorosas e familiares, é importante, para nossa paz interior, ter essa questão muito clara, visto que quase sempre amamos tanto o outro, doamos tanto da nossa vida e colhemos muitas frustrações, porque o outro não é obrigado a atender às nossas expectativas.
A partir de agora, classifique todas as suas ações, coloque etiquetas: isso vou emprestar, isso vou doar. Pratique o desapego consciente e verá como essa atitude é libertadora.
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