Mais uma história que mostra que o amor ainda existe no mundo.
Recentemente, em Florianópolis (SC), um cãozinho SRD, de 11 anos, foi devolvido ao abrigo do qual foi adotado depois de a família adotante descobrir que ele é surdo. Essa é uma realidade muito triste, porém infelizmente, também comum, uma vez que muitas pessoas não estão dispostas a aceitar os animais com o mesmo amor e cumplicidade com que eles nos aceitam.
Esse poderia ser um destino triste para Jögan, mas a atitude de um jovem estudante mudou a história de vida dos dois e deu início a uma conexão verdadeira e profunda. João Gabriel Duarte Ferreira, que cursa doutorado em Estudos da Tradução, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), decidiu dar um novo lar ao cãozinho e o levou para morar com ele.
João mora com três pessoas e já tem uma cadelinha; o que mais o inspirou a adotar o Jögan é o fato de eles compartilharem da mesma condição física – Gabriel também é surdo e divide seu apartamento com mais duas pessoas deficientes auditivas e um filho de pais surdos.
Há algum tempo, ele tinha o desejo de adotar um cãozinho surdo, e a oportunidade surgiu quando um dos residentes do apartamento viu uma foto do Jögan em uma rede social da Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea).
Jögan viveu cerca de 11 anos com a última família, que o adotou aos 45 dias de vida, mas o devolveu ao descobrir sua surdez.
O cão estava havia mais de um mês vivendo novamente no abrigo. Assim que soube de Jögan, João ligou para o abrigo e mostrou o seu interesse em adotar o cãozinho.
Depois de um processo de avaliação de três dias, João foi aprovado o pôde levar o seu novo companheiro para casa. Foi um momento de muita alegria para ambos.
“Estamos felizes com ele e temos muita empatia por causa da identidade surda. Ele está feliz, porque temos nossas estratégias de adaptação para casa. Para nós, surdos, com os nossos costumes, como apagar e ligar luz toda vez para chamar o Jögan, como fazemos conosco”, contou João ao G1.
Jögan e Gabi, a outra cadelinha que vive no apartamento, se deram superbem. Jögan é dócil, manso, bem comportado e aprende rápido. Ele até mesmo já aprendeu alguns comandos em Libras. Sabe os sinais para “passear, pedir pra sair e esperar”, contou João.
Jögan, que antes se chamava Pirata, recebeu esse novo nome por conta de um significado especial.
“Alguns dias antes de saber da adoção, eu estava lendo sobre Jögan, um tipo de olho. É de anime japonês. Aí apareceu o cachorro com esse olho igualzinho”, contou João.
Que história especial! A empatia e o amor proporcionaram uma nova chance para Jögan e deram a João um grande companheiro, com o qual poderá compartilhar muitos momentos bons.
A adoção é realmente algo lindo e que deve ser incentivado.
Compartilhe este lindo exemplo de amor e bondade!
*Com informações de G1.
Direitos autorais das imagens utilizadas no texto: João Ferreira/arquivo pessoal.