Comer é uma delícia, não é?
O ato de comer e se deliciar com algo de que se gosta muito sempre remete a muito prazer. Mas será que sabemos nosso limite com relação à comilança?
Aquele gostinho saboroso, aquela sensação de plenitude e de conforto tão maravilhosa, tão peculiar nos faz comer, comer, comer até o último pedaço da bandeja.
Cada um tem o seu limite, é muito individual. Logo o meu limite não é igual ao seu, que não é igual ao da minha mãe ou da minha amiga, o limite é unicamente meu, e só eu sei quando parar.
Mas isso é possível? Eu nunca sei quando parar de comer algo de que gosto muito.
E eu respondo que sim, é possível, desde que saibamos e conheçamos nosso corpo e nossas vontades.
Como assim?
Se pararmos para pensar em como nos comportamos à mesa, nosso modo de comer, se nos sentamos para nos alimentar, se comemos com raiva, se comemos com fome de verdade, se comemos sentindo tristeza, se comemos para comemorar, conseguiremos nos conhecer.
Atendi a uma moça, uma vez, que me contou que o trabalho dela era tão estressante e, mesmo conseguindo almoçar em casa, em seu horário de almoço, que durava uma hora e meia, ela não se sentava à mesa e comia em pé, à pia, em menos de dez minutos. Quantos de nós já não fez isso? Quantos de nós não percebemos que fazíamos isso?
Isso se chama piloto automático, e está aí a importância de nos conhecermos e sabermos o que sentimos para não entrar nessa.
Não é culpa de ninguém, é apenas o mundo moderno ditando suas regras e tentando fazer de nós seus “escravos”. Mas isso só acontece se deixarmos.
Então, que tal, a partir de hoje, já que estamos iniciando um novo ano, cheio de mudanças promissoras, cheio de novas possibilidades, mudar já a nossa maneira de encarar o que comemos e bebemos, e celebrar o novo e estar junto de quem gostamos?
Direitos autorais da imagem de capa: Luiz Felipe/Unsplash.