A gestão emocional como um caminho para a espiritualidade prática e cotidiana
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Gestão emocional: emoções são reações físicas, uma resposta natural a estímulos externos, desencadeadas por pensamentos. Quando você tem uma emoção, você coloca energia em movimento. Portanto, emoção é energia em movimento.
Diversos são os caminhos para se viver a espiritualidade, e eu finalmente encontrei o meu quando iniciei minha busca por uma vida com mais propósito. Foi quando pude me aprofundar nas filosofias orientais e formei uma nova visão, um novo entendimento, uma nova compreensão sobre a vida.
Sempre acreditei numa espiritualidade simples, como aquilo que nos dá um senso de sentido e significado na vida, que nos diz que somos parte de algo maior do que nós mesmos, que somos parte de um todo, mas que o todo também faz parte de nós. Aquilo que nos aproxima do outro.
Sou uma pessoa questionadora por natureza. Nunca me identifiquei com estruturas cheias de regras e dogmas. Além de não concordar com essa visão de um Deus julgador, castigador, inalcançável. Essas coisas não conversavam com meu coração.
Então, questões de como vivenciar a espiritualidade, como aplicá-la no cotidiano; como ser uma pessoa melhor ou como saber no que melhorar sempre me acompanharam.
A resposta veio quando, estudando psicologia, filosofias orientais e até mesmo neurociência, encontrei um ponto de intersecção: nossas emoções.
Emoções são reações físicas, uma resposta natural a estímulos externos, desencadeadas por pensamentos. Quando você tem uma emoção, você coloca energia em movimento. Portanto, emoção é energia em movimento.
Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), existem 4 emoções básicas (além de uma quinta, que é a preocupação): raiva, medo, tristeza e alegria. Cada uma dessas emoções está relacionada a órgãos específicos, ou a um conjunto deles. Além de se relacionarem com estações do ano e os 5 elementos (madeira, fogo, terra, metal e água).
O importante aqui é que nossas emoções representam como percebemos, sentimos, como enxergamos e vivenciamos o mundo ao nosso redor.
Funciona assim: nosso corpo físico recebe estímulos através dos 5 sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato); nosso corpo mental interpreta as informações; temos as sensações físicas através do nosso corpo emocional e o corpo energético vibra (é aqui que a lei da atração atua).
E onde entra a espiritualidade aqui?
Cada um de nós é um mundo à parte, dentro do todo. Cada um de nós carrega suas próprias experiências, mas somos parte do todo. As emoções e sentimentos nos dizem como nos relacionamos com o mundo e com o outro.
De forma bem resumida, 3 são os pilares da Espiritualidade:
- Autoconsciência, que envolve autoconhecimento.
- Evolução constante, que é buscar sempre ser uma pessoa melhor, curar nossos aspectos negativos.
- Contribuição, que nada mais é do que você expressar sua verdadeira essência no mundo.
E como colocar isso em prática?
Através da gestão emocional, que nos coloca como responsáveis por nossas emoções, que nos ajuda a administrá-las. Tornamo-nos agentes ativos frente aos nossos estados emocionais, capazes de escolher como nos sentir nas mais diversas situações.
Para isso, são 2 os pontos principais que devemos aprender:
1. Autorresponsabilidade
Crescemos numa cultura de culpa. Ou a gente se sente culpado ou culpa o outro. Mas a verdade é que culpa não existe. Existe sim a responsabilidade. Somos responsáveis pelo que sentimos, pelo que pensamos, pelo que nos acontece. Não o outro.
Às vezes, a gente pode até não entender como atraiu determinadas coisas, mas o fato é que atraiu. O exterior é reflexo do interior. Você manifesta na sua vida o que carrega dentro de si.
Tudo existe dentro de nós. Ninguém nos faz sentir raiva, inveja, medo, angústia, alegria. Sentimos o que temos dentro da gente.
É importante entender que pessoas e situações são gatilhos para aprendermos. São pontos de atenção que nos indicam o que precisamos curar em nós, no que precisamos melhorar.
A autorresponsabilidade nos devolve o controle sobre nossas próprias vidas. A decisão é sua. Como você escolhe se sentir?
2. Auto-observação
Orai e vigiai. Vigiai. Estar atento e observar quais circunstâncias tiram você do seu equilíbrio, quais pessoas. Como você se sente mediante as situações da vida?
Esse deve ser um exercício constante.
Tomar consciência das emoções provocadas em você no decorrer do dia. Mas não só as emoções, como também seus pensamentos, suas palavras, suas ações. Quais seus pensamentos mais comuns? Em que momentos você agiu de forma mecânica, o que você viu ou ouviu, o que você pensou?
A autorresponsabilidade e a auto-observação são atitudes que nos ajudam a identificar e curar padrões negativos, sejam de crenças, pensamentos ou comportamentos. Contribuem para assumirmos a responsabilidade sobre nossas vidas e nos dão poder de escolha.
Porque não existem culpados. Não existem vilões. Existem pessoas e situações que acontecem para tomarmos consciência de quais emoções ou aspectos negativos precisamos curar em nós. Tudo é sempre perfeito como é.
A proposta é trazer para a consciência o que está inconsciente. Identificar padrões compulsivos de pensamentos. Afinal, tudo começa com o pensamento.
Espiritualizar-se, evoluir, não significa que pessoas ou situações adversas não mais cruzarão seu caminho, muito menos que você não vai se abalar com mais nada. Mas significa que você vai conseguir identificar mais facilmente o que tira você do seu centro. E recuperar mais rápido o equilíbrio quando algo tira você do seu alinhamento.
Quanto mais nos curamos, melhor conseguimos lidar com as adversidades, com mais compaixão, mais aceitação e menos julgamentos. Somos menos reativos.
É preciso confiar na jornada. Quanto mais a gente se aprofunda, mais seremos levados a nos aprofundar.
Compreender nossas emoções, o que significam e como funcionam é um passo muito importante para buscar uma vida cada vez mais conectada com a sua essência.
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